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Diversificação de compra de soja pela China não deve afetar Brasil, diz Economia

País asiático fechou recentemente um acordo para importar grão da Tanzânia. Oleaginosa não está nem entre os 10 produtos mais exportados pela nação africana, afirma subsecretário do ministério, Herlon Brandão. Produção de soja foi responsável por metade da safra do Paraná em 2019/2020
Jaelson Lucas/AEN
O Ministério da Economia avaliou nesta terça-feira (03) que a busca pela China de diversificação de fornecedores de soja, marcada mais recentemente por acordo fechado com a Tanzânia, não deve afetar as vendas do grão brasileiro, produto de peso na pauta comercial do país.
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“A soja não se encontra entre os 10 principais produtos de exportação da Tanzânia e tampouco o país africano encontra-se entre os 20 maiores exportadores mundiais de soja. Além disso, a demanda da China por soja tem-se mostrado crescente nos últimos anos”, afirmou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.
“Desse modo, ao mesmo tempo em que é esperada uma busca por diversificação de fornecedores por parte da China, é improvável que haja impactos de curto a médio prazo no que diz respeito às exportações brasileiras de soja em razão dessa diversificação”, acrescentou.
A China é a principal compradora de soja do Brasil.
Em outubro, contudo, as exportações do grão para o país asiático caíram 49,8%, em valor, sobre igual mês do ano passado. Segundo Herlon, esse foi o principal motivo para a retração de 12,42% das exportações gerais do Brasil para a China na mesma base de comparação.
Ele afirmou que houve um embarque mais concentrado de soja nos meses anteriores, com o pico de escoamento da safra ocorrendo entre março e julho.
“Estamos na entressafra, então é natural que haja essa queda, no ano passado tivemos exportação um pouco mais tardia, uma exportação mais diluída ao longo do ano”, justificou.
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