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Dino vai ao STF e, questionado sobre data da posse, diz que Barroso 'é quem manda'

Dino e o presidente do Supremo se reuniram na tarde desta quinta-feira (14), um dia após o ministro da Justiça ter o nome aprovado pelo Senado para ocupar uma vaga na Corte. Dino chega para reunião com Barroso após ser confirmado novo ministro do STF
O ministro da Justiça, Flávio Dino, aprovado nesta quarta-feira (13) para ocupar vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), se reúne nesta quinta (14) com o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.
Ao chegar à sede da Corte, Dino foi questionado por jornalistas sobre a data da posse. Em referência a Barroso, afirmou que “ele é quem manda”.
Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e teve o nome aprovado no Senado com 47 votos favoráveis e 31 contra. Foi a segunda votação mais acirrada desde a Constituição de 1988. Ele vai ocupar a vaga deixada após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, em setembro.
Antes da votação, Dino foi sabatinado por cerca de 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, junto com o indicado de Lula para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.
Ao longo da sabatina, os dois procuraram se esquivar de polêmicas e de embates com a oposição.
Agora, os nomes precisam ser publicados no Diário Oficial da União (DOU).
Quem é Flávio Dino?
Flávio Dino de Castro e Costa tem 55 anos, é advogado, ex-juiz, professor e político. Ele nasceu em São Luís (MA) e é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e mestre pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Dino foi juiz federal entre 1994 e 2006. Também atuou como juiz auxiliar no Supremo, quando presidia a Corte o então ministro Nelson Jobim. Os juízes auxiliares trabalham nos gabinetes dos ministros, na análise de processos que chegam ao tribunal.
Em 2007, deixou a magistratura para exercer o cargo de deputado federal (2007-2011). Em seguida, assumiu a presidência da agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014.
Foi governador do Maranhão por dois mandatos, entre 2015 e 2022. No ano passado, foi eleito senador pelo estado, e indicado pelo presidente Lula para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Na pasta, atuou nas investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro e teve embates políticos com a oposição. Por conta das rusgas, foi convocado várias vezes a prestar esclarecimentos na Câmara e no Senado.

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