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Desemprego cai para 10,5% em abril, mas ainda atinge a 11,3 milhões de pessoas

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, com a falta de trabalho ainda atingindo 11,3 milhões de brasileiros, segundo divulgou hoje (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação aos três meses imediatamente anteriores e 4,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Trata-se da menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando foi de 8,1%.

Já o rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 2.569, apresentando estabilidade frente ao trimestre anterior, mas redução de 7,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao 1º trimestre, a taxa de desemprego estava em 11,1%, atingindo 11,949 milhões de pessoas. Na mínima da série histórica, registrada em 2014, chegou a 6,5%.

O resultado veio melhor que o esperado. A mediana de 25 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data projetava uma taxa de 10,9% no trimestre encerrado em abril. O intervalo da estimativa variava de 10,7% até 11,2%.

O número de pessoas ocupadas alcançou 96,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012, com uma alta de 1,1% (1,1 milhão de pessoas) na comparação com o trimestre de novembro a janeiro e avanço de 10,3% (9 milhões de pessoas )na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

“Nesse trimestre, estamos diante da manutenção do processo de retração da taxa de desocupação, que vem ocorrendo desde o trimestre encerrado em julho de 2021, em função, principalmente, do avanço da população ocupada nos últimos trimestres”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

Já a população desempregada, estimada em 11,3 milhões de pessoas, recuou 5,8% frente ao trimestre anterior, o que representa 699 mil pessoas a menos, e 25,3% (menos 3,8 milhões de pessoas desocupadas) em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa de informalidade recuou para 40,1% da população ocupada, contra 40,4% no trimestre anterior, mas ainda ficou acima da registrada no mesmo período do ano passado (39,3%), reunindo 38,7 milhões de trabalhadores informais.

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no País. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Fonte: g1 – Darlan Alvarenga
Foto: Agência Brasil

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