Nove deputados federais e o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) protocolaram uma representação no Conselho de Ética do Senado contra o senador Plínio Valério (PSDB-AM), após ele afirmar que teve vontade de “enforcar” a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante uma CPI das ONGs. A declaração foi considerada agressão e uma incitação à violência contra a mulher.
“A Câmara não pode e não vai se calar diante desse ataque”, afirmou Túlio Gadêlha, reforçando que o pedido de cassação ultrapassa ideologias e busca combater a misoginia.
Parlamentares que assinam a representação:
Benedita da Silva (PT-RJ)
Duda Salabert (PDT-MG)
Enfermeira Ana Paula (Podemos-CE)
Gisela Simona (União Brasil-MT)
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Laura Carneiro (PSD-RJ)
Maria Arraes (Solidariedade-PE)
Tabata Amaral (PSB-SP)
Talíria Petrone (PSOL-RJ)
Túlio Gadêlha (Rede-PE)
Marina Silva e senadoras reagem
Em entrevista, Marina repudiou a fala do senador e destacou o tom de desqualificação e violência, reforçando que dificilmente um homem teria sido alvo do mesmo tipo de ataque.
A Procuradora da Mulher no Senado, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), também condenou a atitude e o luxo de um pedido público de desculpas:
“Se o senador agrediu uma ministra, agrediu também a todos nós, parlamentares, e a todas as brasileiras. Todos nós somos Maria.”
Senador Plínio Valério mantém postura desafiadora
Plínio Valério afirmou que não repetiria a declaração, mas não vê motivos para pedir desculpas. O senador já tem um histórico de debates com Marina Silva e integrantes do governo, especialmente por sua atuação na CPI das ONGs, que investigou organizações que atuam na Amazônia.
O caso gerou forte repercussão política e o senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado, também repreendeu publicamente Plínio Valério pela fala.
O Conselho de Ética analisará a representação, podendo levar a avaliação, incluindo a cassação do mandato.
Fonte:blog do Riella
Foto:foto da web
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