Delegados da Polícia Federal (PF), representados pela Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF), decidiram processar o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, tomada em assembleia, resulta de acusações feitas pelos parlamentares contra um delegado que investiga casos de interesse público.
Processo contra Marcos do Val: Os delegados entrarão com uma denúncia-crime contra o senador Marcos do Val na Procuradoria-Geral da República (PGR) e na PF, com base no artigo 286 do Código Penal, que trata de incitação ao crime. Do Val publicou nas redes sociais uma foto do delegado envolvido em investigações relacionadas ao ministro Alexandre de Moraes, com a insinuação de que o delegado seria um criminoso. Na semana passada, o senador foi alvo de uma busca e apreensão pela PF e teve suas redes sociais bloqueadas por decisão do STF.
Processo contra Eduardo Bolsonaro: Os delegados também processarão o deputado Eduardo Bolsonaro, que é policial federal, por declarações públicas e ataques ao mesmo delegado nas redes sociais. A ADPF argumenta que a imunidade parlamentar não deve ser usada para propagar acusações infundadas e ofensas, e que isso compromete a reputação e a segurança do delegado e sua família.
Ações Adicionais: Além das ações judiciais, a ADPF apresentará representações no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e do Senado para que ambos os parlamentares respondam por suas condutas. As ações legais devem ser protocoladas ainda nesta semana.
A associação pede que o Poder Judiciário e o parlamento ajam com rigor para coibir esses ataques, que, segundo a ADPF, ameaçam a segurança e a integridade dos delegados.
Fonte: Blog do Riella
Foto: Carta Capital
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