Um recente levantamento realizado pelo Instituto Datafolha revelou que cerca de 59% dos brasileiros aprovam a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de proibir a realização de atos em alusão aos 60 anos do golpe militar de 1964, que deu início à ditadura no país. A pesquisa, realizada nos dias 19 e 20 de março, ouviu 2.002 pessoas em 147 municípios brasileiros, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com o levantamento, 33% dos entrevistados consideraram que Lula agiu de forma inadequada ao proibir ministros de organizar eventos sobre o aniversário do golpe, enquanto 8% não souberam responder.
Nos bastidores, a decisão de Lula gerou debates e controvérsias, levando o Ministério de Direitos Humanos, chefiado por Silvio Almeida, a cancelar uma cerimônia prevista para o dia 1º de abril. O presidente optou por evitar melindrar os militares, o que desencadeou uma disputa interna sobre como abordar o tema.
O historiador Rogério Sottili, diretor do Instituto Vladimir Herzog e ex-secretário de Direitos Humanos do governo Dilma Rousseff, expressou preocupação com o silêncio de Lula sobre o assunto, destacando a expectativa da sociedade civil quanto ao cumprimento de políticas públicas de reparação e memória dos atos de violência durante a ditadura militar.
Além disso, Sottili cobrou do presidente a promessa de recriação da Comissão Nacional de Mortos e Desaparecidos, desativada durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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