Os Ministérios das Cidades e da Integração e Desenvolvimento Regional realizaram, nesta sexta-feira (14/3), uma reunião estratégica para alinhar ações conjuntas a serem apresentadas na COP30, que ocorrerá em 2025, em Belém (PA). O encontro reforçou a importância de destacar a realidade das cidades brasileiras frente às mudanças climáticas, ampliando a visibilidade das discussões iniciadas em fóruns internacionais como G20, Fórum Urbano Mundial e BRICS.
Pavilhão das Cidades e federalismo climático
Entre os destaques das pautas discutidas, está a criação do Pavilhão das Cidades, um espaço dedicado à apresentação de boas práticas e soluções para os desafios urbanos relacionados às mudanças climáticas. O evento também contará com o Dia da Água, com foco em recursos hídricos e saneamento, além do fortalecimento da agenda do federalismo climático, garantindo a participação ativa de estados e municípios.
O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou que o debate climático não pode se restringir apenas à preservação ambiental, mas deve considerar os impactos nas cidades e na vida das pessoas.
“Não podemos discutir apenas as florestas. É fundamental falar sobre o aspecto humano e como as pessoas enfrentam os impactos das mudanças climáticas”, afirmou o ministro.
Já o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a necessidade de abordar a segurança hídrica e o financiamento de políticas climáticas, mencionando o volume de investimentos do Novo PAC e a transposição do Rio São Francisco como exemplos de grandes intervenções.
“Nossa voz na COP30 precisa focar nas pessoas que são diretamente afetadas pelas mudanças climáticas”, disse Waldez Góes.
Investimentos em prevenção de desastres
Um dos pontos mais enfatizados na reunião foi o crescimento dos recursos destinados à prevenção de desastres. Segundo Jader Filho, ao assumir a pasta em 2023, o orçamento para essa área era de apenas R$ 27 milhões. Com o Novo PAC, foram investidos R$ 17 bilhões em 2023 e mais R$ 3,5 bilhões em 2024, totalizando R$ 20,5 bilhões.
O recurso é destinado a obras de drenagem, contenção de encostas e infraestrutura resiliente, visando minimizar os impactos das chuvas e desastres naturais nas cidades.
Próximos passos para a COP30
Os ministros reforçaram que o Brasil precisa apresentar uma agenda sólida na COP30, garantindo que a adaptação das cidades às mudanças climáticas seja um dos pilares do evento. Além da participação governamental, o evento deve contar com o setor privado e gestores municipais e estaduais, fortalecendo parcerias para financiamento e inovação climática.
Com a expectativa de ser um marco para a política climática global, a COP30 será um espaço fundamental para consolidar o Brasil como liderança na pauta ambiental e urbana, promovendo soluções sustentáveis para os desafios climáticos do século XXI.
Fonte:agência gov
Foto:foto da web
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