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Conteúdo em Flash começará a ser bloqueado na web pela própria Adobe

Animações serão substituídas por link que informa sobre o encerramento da vida útil do software. Flash Player é responsável por reproduzir animações e vídeos em Flash, mas programa era executado dentro de navegadores e de documentos do Office, criando oportunidades para hackers
Divulgação
Cumprindo o cronograma de encerramento da vida útil do Flash Player, o conteúdo em Flash ainda disponível na web não deve mais ser reproduzido a partir de 12 de janeiro por determinação da própria Adobe, que é dona da tecnologia.
As animações serão substituídas por um gráfico que pode ser clicado para acessar uma página no site oficial informando sobre o fim da vida útil do produto.
A partir dessa data, o Flash também não deve mais receber nenhuma atualização por parte da Adobe. Na prática, isso significa que a compatibilidade e a segurança do software não estão mais garantidas pela sua mantenedora e que qualquer tentativa de usar o aplicativo pode trazer consequências indesejadas.
Mesmo com o fim da tecnologia, usuários devem continuar atentos para evitar golpes envolvendo o Flash. É possível que criminosos continuem aproveitando o nome do software para distribuir programas indesejados com a promessa de permitir acesso a algum conteúdo que a vítima do golpe está procurando.
O Flash foi um conjunto de tecnologias surgido na década de 90 e que, em seu auge, era formado por um software de animação (Flash), um servidor de mídia (Flash Media Server) e um reprodutor (Flash Player) que podia ser embutido nos navegadores web e até em softwares de escritório, como o Microsoft Office.
Esses produtos permitiam a reprodução de jogos, animações e vídeos dentro dos navegadores, contornando limitações técnicas existentes em vários períodos da internet.
Página de verificação do Flash não mais exibe a animação correta, mesmo que o plug-in seja ativado no Internet Explorer
Reprodução
Quando a década de 2000 se encerrou, a evolução dos navegadores e a internet móvel, ancorada em recursos mais simples e leves, deixou cada vez menos espaço para a atuação do Flash, que recebeu um duro golpe com a recusa da Apple em incluir o software no iPhone.
O legado da tecnologia também manteve o Flash vulnerável a ataques, criando uma pressão para o abandono completo do produto.
Os principais navegadores do mercado – Chrome, Firefox, Safari e Edge – começaram a bloquear gradualmente o conteúdo em Flash para reduzir os riscos da tecnologia.
Em 2017, a Adobe tornou público o plano de abandonar a tecnologia até 2020 – que se concretiza com essa medida que entrou em vigor em 1º de janeiro.
SAIBA MAIS: Adobe recomenda desinstalar Flash Player e confirma que conteúdo será bloqueado a partir de 2021
De ‘queridinho’ da web a vilão
O Flash foi uma das tecnologias mais revolucionárias da web no final da década de 90 e início dos anos 2000, dando mais interatividade para as páginas e permitindo a criação de games dentro do navegador.
Mas a tecnologia perdeu relevância quando a Apple adotou uma postura inflexível para não incluir o Flash no iPhone. Stev Jobs criticou o Flash por ser uma tecnologia fechada, incompatível com telas sensíveis a toques e prejudicial à autonomia da bateria dos smartphones.
O Flash continuou sendo usado no computador e até apareceu em alguns aparelhos com Android, mas uma série de vulnerabilidades colocou a tecnologia dos engenheiros responsáveis pela segurança de navegação na web.
Este blog recomendou desativar o Flash pela primeira vez em 2015. Na época, muitos anúncios e até vídeos on-line ainda dependiam do Flash.
Com o avanço de tecnologias como o HTML 5 e outros recursos que facilitaram a exibição de conteúdo em vídeo – especialmente as transmissões ao vivo –, o Flash perdeu espaço.
Em julho de 2017, a Adobe, terceira dona do Flash após FutureWave e Macromedia, publicou o primeiro comunicado com um cronograma para encerrar o ciclo da tecnologia.
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