Resultado foi divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Contas tiveram melhora na comparação com o mesmo mês de 2020, caracterizado pelo aumento de gastos públicos por conta da pandemia da Covid. As contas do governo registraram um déficit primário de R$ 20,947 bilhões em maio, informou nesta terça-feira (29) a Secretaria do Tesouro Nacional.
O déficit primário ocorre quando as despesas com tributos e impostos superam as receitas. Nesta conta não são considerados os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
Segundo dados oficiais, o déficit primário registrado em maio deste ano é o melhor para o mês desde 2019, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 16,229 bilhões (valor corrigido pela inflação).
Em maio do ano passado, com a perda de arrecadação decorrente da primeira onda da Covid-19, junto com os gastos emergenciais, as contas do governo registraram um rombo de R$ 136,837 bilhões (atualizado pela inflação). Sem a correção, o resultado negativo de maio de 2020 somou R$ 126,636 bilhões.
De acordo com o Tesouro Nacional, o resultado de maio “foi significativamente” melhor do que a mediana das expectativas do mercado, que indicava um déficit fiscal de R$ 48,7 bilhões no mês passado.
A Receita Federal informou nesta terça-feira (29) que a arrecadação de impostos atingiu R$ 142,106 bilhões em maio, com alta de 70% na comparação com o mesmo período do ano passado, e bateu recorde para esse mês.
“O resultado primário do mês de maio revela a manutenção na melhora das condições fiscais do Governo Central observada desde o início do ano, ocasionada pelo desempenho bastante robusto da receita, acompanhado de um nível de execução das despesas abaixo do patamar do ano anterior”, avaliou o Tesouro Nacional.
Parcial do ano e meta fiscal
Ainda segundo informações do Tesouro Nacional, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano as contas do governo apresentaram um superávit primário de R$ 19,911 bilhões.
No mesmo período do ano passado, foi registrado resultado negativo de R$ 222,493 bilhões recorde por conta dos gastos com a pandemia da Covid-19 e os seus efeitos na arrecadação.
Esse foi o melhor resultado para este período em sete anos, ou seja, desde 2014, quando o saldo positivo somou R$ 24,608 bilhões (valor corrigido pela inflação).
Além do aumento da arrecadação nos cinco primeiros meses do ano, o resultado de 2021 foi influenciado pela contenção de gastos pelo governo necessária devido à demora na aprovação do Orçamento deste ano – que foi sancionado somente em abril.
Para o ano de 2021, o governo está autorizado a registrar déficit primário de até R$ 247,118 bilhões. Entretanto, despesas extraordinárias com a pandemia do coronavírus, nas áreas de saúde e auxílio emergencial, entre outras, estão fora do objetivo fiscal.
Em maio, o Ministério da Economia revisou de R$ 286,011 bilhões para R$ 187,7 bilhões a previsão para o rombo nas contas do governo neste ano. O valor consta do relatório de avaliação das receitas e despesas.
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