Último de registro de cão cantor da Nova Guiné selvagem datava da década de 1970. Cientistas cruzaram o material genético dos exemplares que vivem em cativeiro com as amostras coletadas dos animais encontrados em ilha. Cão cantor da Nova Guiné, em cativeiro
cyclewidow/CC BY 2.0
Pesquisadores descobriram que o cão cantor da Nova Guiné não está extinto e ainda vive na natureza, afirma estudo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” na segunda-feira (31).
Conhecidos por um uivo característico que justifica seu nome, o cão cantor costuma viver nas áreas mais altas da ilha dividida pela Indonésia e pela Papua-Nova Guiné. Até a descoberta desta semana, o último registro do mamífero em seu habitat natural datava da década de 1970. Estima-se que de 200 a 300 exemplares da espécie vivam em cativeiro.
No entanto, relatos dos moradores do lado indonésio da ilha de Nova Guiné informavam uivos característicos do animal ouvidos a partir das colinas. Os animais, então, foram vistos e tiveram o sangue coletado pelos pesquisadores. As amostras comparadas com os exemplares mantidos em cativeiros comprovaram que se tratava do cão cantor da Nova Guiné.
Segundo a revista “Science”, a geneticista Elaine Ostrander, do Instituto Nacional de Genoma dos Estados Unidos, afirmou que havia na amostra traços de material genético de cães que vivem nas cidades da ilha. Porém, ela disse que essencialmente se trata da mesma espécie.
O desafio, agora, é permitir que esses animais encontrados na natureza cruzem com os mantidos em criadouros para dar variabilidade genética e evitar que a população do cão-cantor-da-Nova-Guiné diminua ainda mais.
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