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Confiança empresarial cai pelo 3º mês seguido, mostra FGV

Índice aponta pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,4 ponto em dezembro, para 95,2 pontos, segundo mostrou nesta segunda-feira (4) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi a terceira queda seguida no indicador.
Em médias móveis trimestrais, o ICE inverteu a tendência de alta iniciada em julho e recuou 0,7 ponto no mês.
Índice de confiança empresarial
Economia G1
“A discreta evolução do ICE em dezembro retrata o empresariado brasileiro em compasso de espera face à ainda grande incerteza em relação aos rumos da economia nos próximos meses”, avaliou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 0,2 ponto, para 97,8 pontos, após subir por sete meses consecutivos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,3 ponto, para 94,3 pontos.
Segundo a FGV, a queda do Índice da Situação Atual sinaliza desaceleração do nível de atividade corrente, enquanto a manutenção do Índice de Expectativas abaixo dos 95 pontos reflete um pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021.
“Entre os fatores que pesam na balança para os dois lados estão a ameaça de uma perigosa nova onda de Covid-19 no Brasil contrapondo a chegada das campanhas de vacinação em outros países e a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020 como compensação parcial para o fim do período de concessão de auxílio emergencial. Será um primeiro semestre ainda muito difícil”, destacou o pesquisador.
Em dezembro, a confiança empresarial avançou em 55% dos 49 segmentos pesquisados, um aumento da disseminação frente aos 43% do mês passado.
Na análise por setores, a confiança da indústria cresceu 1,8 ponto em dezembro. A confiança no setor de serviços subiu 0,8 ponto, enquanto a confiança na construção ficou praticamente estável, ao subir 0,1 ponto. Já o índice do comércio registrou a terceira queda consecutiva, ao recuar 1,8 ponto em dezembro.
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