Empresa das Filipinas busca reestruturar US$ 2 bilhões em dívidas para tentar superar crise desencadeada pandemia do coronavírus. Aviões da Philippine Airlines em aeroporto de Manila, em imagem de arquivo
Romeo Ranoco/Reuters
A companhia aérea Philippine Airlines anunciou neste sábado (4) pedido de concordata nos Estados Unidos para cortar US$ 2 bilhões em dívidas, enquanto tenta sobreviver em uma indústria afundada pela pandemia do coronavírus.
A companhia aérea nacional das Filipinas afirma que o processo de recuperação judicial permitirá reestruturar seus contratos e economizar US$ 2 bilhões em dívidas, ao mesmo tempo em que espera outros US$ 665 milhões, quando o processo estiver concluído.
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A empresa também vai reduzir sua frota em 25% e vai renegociar seus contratos para baixar o preço dos aluguéis.
“A Philippine Airlines continuará suas operações comerciais, depois que a reestruturação da nossa rede, da nossa frota e da nossa organização estiver concluída”, disse o vice-presidente e diretor financeiro, Nilo Thaddeus Rodriguez, em uma mensagem de vídeo.
O volume de passageiros nas Filipinas caiu mais de 75%, passando de 30 milhões, em 2019, para sete milhões em 2020, devido às restrições relacionadas com a pandemia da Covid-19, disse o presidente da companhia aérea, Gilbert Santa Maria.
A empresa cancelou mais de 80.000 voos, perdeu US$ 2 bilhões em receita e demitiu 2.300 funcionários. No momento, segundo seu presidente, opera 21% do total de voos anteriores à pandemia, cobrindo apenas 70% dos destinos habituais.
O Capítulo 11 da lei de falências americana (Bankrutpcty Code) permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores. O processo é equivalente ao da recuperação judicial da legislação brasileira.
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