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Com retomada de demanda doméstica, Azul encerra redução de jornada de aeronautas

Acordo foi firmado em junho e era válido até dezembro de 2021. Antecipação de um ano foi aprovada pelos aeronautas em uma votação on-line. Azul encerrou acordo de redução de jornada com seus tripulantes
Azul Linhas Aéreas/Divulgação
A Azul encerrou acordo de redução de jornada com seus tripulantes firmado em 24 de junho para preservar o caixa durante o período de baixa demanda por conta da pandemia da Covid-19. O acordo era válido até dezembro de 2021.
A antecipação de um ano foi aprovada pelos aeronautas, que participaram de uma votação on-line entre 26 e 27 de novembro.
“Os tripulantes associados da Azul Linhas Aéreas deliberaram por aprovar a proposta da empresa de encerramento antecipado do Acordo Coletivo de Trabalho com medidas temporárias contra a pandemia de Covid-19 e do aditivo pactuado com os pilotos. Desta forma, a redução de jornadas e salários que iria até o fim de 2021, com a contrapartida de manutenção dos empregos, fica revogada”, informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), em nota.
Segundo a entidade, a proposta foi aprovada por mais de 89% dos copilotos, 86% comandantes e por 72% dos comissários.
No acordo, a redução de salário dos era de 45% entre o terceiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, quando o percentual deveria começar a cair. No quarto trimestre de 2021, a redução na remuneração seria de 25%.
Em novembro, a Azul reportou prejuízo de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, mas sinalizou uma recuperação mais rápida do que o esperado na demanda por viagens aéreas, prevendo que terá 80% de seus voos em operação até o final deste mês.
Procurada, a Azul confirmou o encerramento do acordo um ano antes do prazo.
Voos domésticos
Apesar do otimismo da Azul com o mercado doméstico, ainda há incertezas no país relacionadas a uma segunda onda da Covid-19.
A demanda de passageiros por voos domésticos cresceu 31,3% em outubro na comparação com setembro, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a partir de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Na comparação com outubro de 2019, no entanto, a demanda, medida por passageiros quilômetros transportados (RPK), teve queda de 44,7%. No mês passado, foram transportados 4,1 milhões de passageiros — 51,5% a menos que em outubro do ano passado.

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