Entre 1 de janeiro e 18 de setembro, órgão registrou 6.315 focos ativos de incêndio no estado, contra 5.652 no mesmo período de 2019. Governo do AC decreta situação de emergência devido à estiagem e queimadas e cria sala de situação
Juan Diaz/Arquivo pessoal
O número de focos de queimadas registrado entre 1º de janeiro a 18 de setembro deste ano no Acre cresceram 11%, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Conforme dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são 6.315 focos ativos de incêndios notificados até essa sexta (18) no estado, contra 5.652 no mesmo período de 2019.
Se comparado aos últimos anos, esse é o maior número de focos dos últimos quatro anos. Em 2016, foram registrados 6.606 focos ativos no estado no mesmo período.
Cidades com mais focos
Dados do último relatório da sala de situação de monitoramento hidrometeorológico do Acre, divulgados nessa sexta, apontam que os municípios de Feijó, Tarauacá e Sena Madureira foram os que apresentaram o maior número de focos acumulados no de 1 de janeiro a 17 de setembro.
Os municípios de Bujari, Capixaba, Acrelândia, Rodrigues Alves e Rio Branco registraram o maior número de focos
Juan Diaz/Arquivo pessoal
O acumulado mensal de focos de queimadas no estado do Acre, entre o início do mês de setembro e quinta (17), é de 2.216 focos de queimadas, levando em consideração dados do satélite de referência.
Os municípios de Bujari, Capixaba, Acrelândia, Rodrigues Alves e Rio Branco registraram o maior número de focos por quilômetro quadrado em seu território, conforme o relatório da sala de situação.
Com relação aos focos de queimadas registrados na Amazônia Legal de janeiro até o dia 17 de setembro, o Acre aparece em 7º lugar no ranking, com 6,1% dos casos. O Mato Grosso concentra o maior número de focos, com 36.431.
Fumaça de queimadas em Rio Branco
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Qualidade de ar na capital
A concentração de partículas poluentes no ar atinge números alarmantes neste período de estiagem no Acre. Dados dos sensores de monitoração mostram que atualmente a qualidade do ar está quase cinco vezes acima da qualidade ideal para a respiração.
Conforme os dados do relatório da sala de situação de monitoramento hidrometeorológico do Acre, nessa sexta-feira (18), o índice de materiais particulados inaláveis chegou a 108.00 μg/m³, na capital Rio Branco.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a quantidade de material particulado por metro cúbico aceitável é de 25 microgramas. Acima disso, a qualidade é ruim para a saúde humana.
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