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Com coronavírus, demanda por voos domésticos para março cai 32,9%

Procura por viagens internacionais caiu ainda mais: 42,4%; setor é um dos mais afetados pela pandemia. Pátio de aviões no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos
Sidnei Barros/Divulgação Prefeitura de Guarulhos
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta semana o balanço da redução da demanda por voos domésticos em março. Em termos percentuais, a queda é de 32,9% em relação ao mesmo mês de 2019.
O cálculo da agência é feito em passageiros quilômetros pagos (RPK). A medida compara 4,9 milhões de passageiros pagos em março aos 7,7 milhões de embarques registrados em igual momento do ano anterior.
Os dados negativos são resultado das políticas de distanciamento social em combate à pandemia do novo coronavírus. No mundo todo, o setor aéreo foi um dos mais afetados pela crise, que levou governos a exigir cancelamentos em massa de voos pelas empresas aéreas.
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Ainda no mercado interno, a Gol Linhas Aéreas foi quem mais sofreu com queda de demanda. A redução foi de 27,1%. Em seguida, a Azul registra queda de 21,3%, acompanhada da Latam, com redução de 19,5% na procura.
Pelo lado da oferta, a Anac faz cálculo de disponibilidade de voos em “assentos quilômetros ofertados” (ASK). Nessa métrica também houve queda em relação a março de 2019: 24,6%. A taxa de ocupação dos assentos ficou em 72,1%. No ano passado, era de 80,9%.
Em termos de participação de mercado doméstico neste mês, a Latam tem a liderança, com 38,2%. Gol tem 37% e Azul, 24,8%.
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Voos internacionais
Para os voos internacionais, a contração da demanda foi ainda mais forte: queda de 42,4% em março em relação ao mesmo período do ano passado. Entre as companhias, o maior baque foi recebido pela Latam, com queda de 45,3% da demanda em relação a março de 2019. Gol, com 44,1% e Azul, com 34,6%, vêm na sequência.
Em reação, a oferta por parte das companhias registrou retração de 30,1%. Com toda a equação, Latam e Gol perderam participação no mercado de voos internacionais. A primeira tem agora 20,6% do mercado e, a segunda, 3,7%. A Azul cresceu sua participação para 4,7% dos voos para fora.
O resultado final foi de queda de 44% nos passageiros pagos transportados em março de 2020 e ocupação das aeronaves de apenas 66,7%.
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