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CNC estima perdas de R$ 25,3 bilhões no comércio na segunda quinzena de março

Cálculo leva em conta as restrições impostas pelo surto de coronavírus em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o varejo de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília sofreram perdas somadas de R$ 25,3 bilhões apenas na segunda metade de março, por conta do surto epidêmico do coronavírus.
As quatro regiões respondem por cerca de 52% do faturamento anual do setor.
Em São Paulo, por exemplo, a perda no volume de vendas vai chegar a R$ 15,67 bilhões para o período de 20 de março a 5 de abril, o que representaria uma retração de 29,9% em relação ao faturamento usual do setor. São Paulo decretou fechamento de lojas em diversos segmentos do varejo para o período calculados.
Vendas do comércio caem 1% em janeiro e setor tem 2ª queda mensal seguida
Pessoas passam pela rua 25 de março, em São Paulo, com o comércio fechado nesta sexta-feira (20)
Marcelo Brandt/G1
No Distrito Federal, um decreto semelhante, que entrou em vigor em 19 de março, deve gerar perdas de R$ 815,33 milhões até 5 de abril, baixa de 30% em relação ao resultado usual, segundo CNC. Em Minas Gerais, os impactos esperados para o período de 23 de março e 10 de abril somam R$ 4,45 bilhões.
Por fim, o governo estadual do Rio baixou decreto recomendando o fechamento de shopping centers e reduzindo em 30% o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Na sequência, a prefeitura do Rio determinou o fechamento de estabelecimentos não essenciais. A CNC estima perda de R$ 3,60 bilhões desde o início das restrições.
“Projetar a gravidade e a extensão da atual crise sobre a economia e, mais especificamente, sobre o varejo esbarra na dificuldade de se estimar, neste momento, a magnitude da pandemia de coronavírus no país”, explicou a entidade em documento divulgado nesta terça-feira.
A entidade informou que sua projeção anterior de crescimento de 3,5% do varejo restrito está descartada, mas preferiu não informar um novo número.
“Com o registro de novos casos ainda em aceleração no Brasil, neste momento ainda não é possível estimar o comportamento dos fatores condicionantes do consumo (mercado de trabalho, inflação, condições de crédito e confiança de consumidores e empresários) nos próximos meses”, acrescenta.

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