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CNC estima impacto de R$ 12,75 bilhões no varejo com nova rodada de auxílio emergencial

Com o maior endividamento das famílias, entidade projeta que o percentual destinado ao varejo será menor este ano. O impacto no varejo da nova rodada do Auxílio Emergencial, que começou a ser paga na terça-feira (6), deve ser de R$ 12,75 bilhões, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O cálculo foi feito pelo economista sênior Fabio Bentes e considera que a influência dos novos desembolsos será menor este ano não apenas em função dos valores menores do benefício, como também pelo maior endividamento das famílias.
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“Em termos absolutos, não há dúvida que o impacto será menor, já que foram mais de R$ 300 bilhões no ano passado e agora são R$ 45 bilhões. Mas mesmo em termos relativos, a tendência é de um impacto menor”, afirma Bentes.
Ele destaca que o comprometimento da renda das famílias vem aumentando no primeiro trimestre, já sem o pagamento de auxílios emergenciais. “E isso vai fazer com que a decisão das famílias em termos da alocação desses recursos acabe se direcionando para outros gastos, como quitação e abatimento de dívidas, em vez de colocar os recursos no comércio”, explica.
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O Auxílio Emergencial – que era de R$ 600 inicialmente e depois caiu para R$ 300 no fim de 2020 para a maior parte das famílias – agora será pago em três valores: R$ 150, R$ 250 e R$ 375, de acordo com o perfil da família.
O levantamento da CNC estima que, em 2020, R$ 293,11 bilhões dos R$ 322 bilhões disponibilizados pelo governo foram efetivamente sacados pelos brasileiros. Desse total, 35,4% (R$ 103,8 bilhões) dos recursos se destinaram ao consumo no varejo. O montante restante foi usado no setor de serviços, no pagamento de dívidas ou ainda poupado para o período após o fim do programa, segundo avaliação da pesquisa.
Com o maior endividamento das famílias, a CNC estima que o percentual destinado ao varejo será menor este ano, de 31,2%, o que corresponde aos R$ 12,75 bilhões. “Ou seja, o impacto mensal sobre o varejo em 2021, embora positivo, deverá ser cerca de 8 vezes menor do que em 2020”, diz Bentes.
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