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China vai diversificar importações agrícolas e ampliar apoio à soja local, diz governo

Planos fazem parte dos esforços de Pequim para garantir segurança alimentar no país. Impacto pode ter efeitos no Brasil, principal fornecedor de soja aos chineses. Brasil é o principal exportador mundial de soja
Fábio Scremim/APPA
A China irá diversificar canais de importação, aumentar as aquisições de produtos agrícolas que atendam à demanda doméstica e intensificar o apoio ao cultivo de soja com alto rendimento, disse nesta quarta-feira (5) a imprensa estatal do país.
A decisão pode impactar as exportações brasileiras. Os chineses são os principais compradores de soja do Brasil, movimentando mais de US$ 20,5 bilhões em 2019.
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A reiteração dos planos para impulsionar a produção doméstica de soja e diversificar importações faz parte dos esforços de Pequim para garantir segurança alimentar, especialmente depois de uma guerra comercial com os Estados Unidos, importante fornecedor de produtos agrícolas à China.
Em seu plano anual de políticas agrícolas, o governo chinês também disse que vai ajustar e melhorar o sistema de preço mínimo para compra de arroz e trigo.
A China impôs fortes tarifas aos produtos agrícolas norte-americanos em meio à escalada das tensões comerciais entre os países, o que reduziu significativamente as importações.
Nesse meio-tempo, Pequim tomou medidas para diversificar as origens de importações de grãos e farelos e para impulsionar a produção doméstica de oleaginosas, visando diminuir a dependência de produtos provenientes dos EUA.
Carne suína
Pequim também afirmou no documento que continuará trabalhando para acelerar a produção de porcos, após a peste suína africana dizimar o enorme plantel de suínos do país.
“Estabilizar a produção de porcos é uma prioridade máxima. Várias medidas devem ser tomadas para restaurar os níveis normais de produção até o final de 2020”, disse o governo.
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