Após ameaças do presidente Donald Trump de importar uma tarifa de 10% sobre produtos chineses a partir de 1º de fevereiro, a China respondeu com um tom diplomático, destacando a importância de cooperação mútua entre os países. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24/1), o porta-voz do governo chinês, Mao Ning , enfatizou os interesses comuns e o potencial para diálogo:
“A cooperação comercial e econômica entre a China e os EUA é mutuamente benéfica. Apesar das diferenças e atributos, temos enormes interesses comuns e espaço para cooperação. Fortalecer o diálogo é o melhor caminho”, afirmou Ning.
Trump, em entrevista à Fox News, comentou que preferiria evitar tarifas, mas destacou que eles oferecem um “tremendo poder” nas negociações com a China. Ele também reafirmou seu compromisso de buscar um acordo comercial que beneficie os EUA.
Telefonema entre Trump e Xi Jinping
Na semana passada, Trump e o presidente chinês Xi Jinping trocaram um telefonema para discutir uma série de questões, como o equilíbrio comercial, o aplicativo TikTok e o combate ao tráfico de fentanil. Trump comentou em sua rede Truth:
“A ligação foi muito boa para a China e para os EUA. Minha expectativa é resolvermos muitos problemas juntos, começando imediatamente.”
O diálogo também abordou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com Xi reiterando o compromisso da China em promover negociações de paz.
Perspectivas para um acordo
Os especialistas avaliam que, apesar das exigências, a disposição da China em dialogar representa uma oportunidade para reduzir os atritos comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Mao Ning reforçou que as guerras comerciais “não têm vencedores” e não são do interesse global.
As próximas semanas serão decisivas para definir se os avanços no diálogo poderão transformar as novidades tarifárias em um acordo comercial que beneficie ambas as partes.
Fonte:Metrópoles
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