Economia Política

CENÁRIO FISCAL DESTACA O SEGUNDO MAIOR DÉFICIT CHEGA A 230,54 BILHÕES

O preocupante cenário fiscal brasileiro ao fechar o ano de 2023 com o segundo maior déficit primário da história, totalizando R$ 230,54 bilhões. Este montante representa 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, desafiando a meta estabelecida de déficit zero para o ano subsequente, 2024.

A principal explicação para esse expressivo déficit é atribuída à aquisição de precatórios antigos pelo Governo Federal, uma medida tomada após um acordo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. Especialistas citam essa transação como o fator primordial que impulsionou o desequilíbrio nas contas governamentais. É importante ressaltar que os precatórios são dívidas judiciais reconhecidas pela justiça, e sua aquisição pode ter impactos significativos nas finanças públicas.

Comparando com o maior déficit primário anterior, ocorrido em 2020 durante o governo Bolsonaro, motivado pelas emergências relacionadas à pandemia, o atual resultado negativo demonstra a persistência dos desafios econômicos. Vale mencionar que o déficit primário refere-se ao resultado negativo das contas do Governo, excluindo os juros da dívida pública.

De acordo com informações do Tesouro Nacional, caso não houvesse o pagamento dos precatórios, as contas do Governo Central teriam encerrado o ano passado com um déficit de R$ 138,1 bilhões, equivalente a 1,3% do PIB. Essa observação destaca a magnitude do impacto causado pela aquisição dessas dívidas judiciais no desempenho fiscal do país.

Em resumo, o artigo de Renato Riella oferece uma análise detalhada do déficit primário expressivo em 2023, apontando as razões por trás desse resultado e enfatizando a relevância da aquisição de precatórios como o principal impulsionador dessa situação econômica desafiadora para o Brasil.

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