O novo Boletim InfoGripe, da Fiocruz, reforça o alerta para o aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes de até 14 anos. O crescimento tem sido mais intenso no Pará, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe, sendo associado ao vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças de até 2 anos e ao rinovírus em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos.
A análise, referente à Semana Epidemiológica 10 (2 a 8 de março), foi divulgada nesta quinta-feira (13/3) e também aponta casos moderados de SRAG em idosos, relacionados à Covid-19, com tendência de crescimento apenas no Tocantins.
Estados e capitais em alerta
O estudo identificou 10 estados com incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco:
Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Já 12 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco:
Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
Dessas, nove capitais mostram sinal de crescimento de SRAG nas últimas seis semanas:
Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Macapá, Palmas, Porto Velho e Rio Branco.
Medidas de prevenção e vacinação
A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, recomenda o uso de máscara em ambientes fechados e postos de saúde nas regiões com alta de casos. Além disso, reforça que a vacinação é essencial para prevenir hospitalizações e óbitos por Covid-19.
Grupos de risco devem manter o esquema vacinal atualizado:
Idosos e imunocomprometidos → vacina a cada 6 meses.
Demais grupos prioritários → vacina anual.
Dados de prevalência e mortalidade
Nos últimos 30 dias, os principais vírus respiratórios identificados nos casos positivos de SRAG foram:
32,2% – Rinovírus
32,1% – Sars-CoV-2 (Covid-19)
26,6% – Vírus sincicial respiratório (VSR)
4,5% – Influenza A
1,4% – Influenza B
Entre os óbitos por SRAG, os números mostram o impacto da Covid-19:
80% – Sars-CoV-2 (Covid-19)
8,3% – Influenza A
5,6% – Rinovírus
2,8% – Influenza B
1,1% – VSR
Com o aumento dos casos em diversas regiões, especialistas reforçam a importância da prevenção, vacinação e monitoramento da evolução da SRAG no Brasil.
Fonte:agência gov
Foto:foto da web
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