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Casal que trocou a cidade pelo campo ajuda nas vendas de pequenos produtores locais

Família vive em uma cidade da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, e, além do turismo, vendem cestas de produtos orgânicos próprios e de parceiros da região. Casal que trocou a cidade pelo campo ajuda nas vendas de pequenos produtores locais
Muita gente que mora na cidade grande já sonhou em se mudar para o campo, seja em um sítio, em uma fazenda ou no meio da natureza.
O casal Marinaldo e Cilmara Pegoraro construíram a vida no Sul. Ela, de Curitiba, e ele de Concórdia, em Santa Catarina. Eles se conheceram no município de Cascavel e estão casados há 28 anos. Atualmente vivem na região da Serra da Mantiqueira, no Sudeste.
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O sítio deles é um dos pontos turísticos do município mineiro de Delfim Moreira, que abriga belas cachoeiras e que costumava receber muitos visitantes. Mas a pandemia afetou os negócios e o movimento na cidade caiu 80%.
“(Teve) Menos atendimento de turistas, mas a gente acabou trabalhando dobrado porque tivemos aumento a procura pelos orgânicos, as pessoas começaram a ficar preocupadas com a saúde”, diz Cilmara.
Por sorte, o sítio não é só um ponto para passeio, é também uma área produtiva de 11 hectares. Uma agricultura sonhada pelo casal quando ainda morava no Paraná. Eles estavam cansados da rotina de trânsito e estresse da cidade.
A mudança ocorreu há 11 anos, o casal levou as duas filhas pequenas e começou o desafio de adaptação ao novo estilo de vida e à nova profissão: agricultor.
“Teve momentos que a gente pensou se a gente estava no caminho certo, se podia ter feito diferente”, afirma Marinaldo.
“(Mas) Nunca pensamos em desistir porque a gente olhava para essa vista linda, para tudo que a gente construiu com tanto amor e a gente falava que não tem porque não dar certo.”
E foi com essa persistência que os resultados vieram. Primeiro, as oliveiras para a produção de azeite. Depois, frutas e hortaliças. Tudo isso com a certificação orgânica.
Os consumidores vão atrás desses produtores pelo celular. Roberta, a filha mais nova, ajuda na organização de tudo. Enquanto os funcionários da fazenda trabalham na lavoura, pai, mãe e filha vão separando as encomendas.
Visibilidade para a produção local
Nas caixas enviadas aos consumidores não estão apenas alimentos produzidos no sítio, há também o trabalho de outros agricultores, girando toda uma economia local.
Um desses alimentos é o mel, que é produzido por José Carlos e Alan, pai e filho.
Há 35 anos na apicultura, José viu que a atividade era mais rentável que a lavoura. Ele começou bem devagar, com apenas uma caixa. Agora, ele tem 135 colmeias que produzem 2 toneladas de mel por ano.
“Apesar de fazer tempo que eu mexo com isso daí (produção de mel), é mais dificultoso o pessoal descobrir, é meio longe da cidade”, diz.
Por isso que fazer parte da cesta de Marinaldo e Cilmara é tão importante, dá visibilidade e mais mercado para o trabalho de pai e filho.
O café na roça
Para quem quer conhecer o sítio, a família Pegoraro prepara um café típico da roça com alimentos produzidos pelos agricultores locais.
Ele é servido em uma tenda ao pôr-do-sol. A bela paisagem disputa a atenção com as delícias que saem da cozinha: salame artesanal, azeite orgânico, pães… e um famoso bolo de mel.
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