Autoridades americanas esperam que Israel retalie o Irã por um ataque recente antes do dia 5 de novembro, o que colocaria a crescente tensão no Oriente Médio em evidência poucos dias após a eleição presidencial dos Estados Unidos. Embora o cronograma da retaliação israelense não esteja diretamente relacionado ao pleito americano, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, profundamente conectado à política dos EUA, estaria sensível às possíveis repercussões em meio à corrida eleitoral.
A escalada no Oriente Médio surge como um tema delicado na disputa eleitoral americana. O presidente Joe Biden enfrenta críticas de setores progressistas sobre sua abordagem ao conflito, enquanto republicanos, incluindo o ex-presidente Donald Trump, acusam sua administração de má gestão da crise. Biden, pressionado por ambos os lados, tem tentado equilibrar seu apoio a Israel com apelos para melhorias nas condições humanitárias em Gaza, pedindo respostas contidas de Israel em relação ao Irã.
Após o lançamento de 200 mísseis balísticos iranianos contra Israel, o governo Biden encorajou Netanyahu a evitar alvos como instalações nucleares ou petrolíferas iranianas, buscando evitar uma guerra de grandes proporções ou a elevação dos preços do petróleo, o que poderia impactar as eleições. No entanto, o primeiro-ministro israelense afirmou que tomará decisões com base nos interesses nacionais de Israel, indicando que o escopo da resposta pode diferir das sugestões da Casa Branca.
A administração Biden tem mantido uma postura cuidadosa, pressionando Israel a permitir mais ajuda humanitária a Gaza, ao mesmo tempo em que reforça seu compromisso com a defesa de Israel. No entanto, a crise no Oriente Médio, que não é uma prioridade para muitos eleitores, pode ter um impacto significativo na eleição, especialmente em estados como Michigan, onde há uma grande comunidade árabe-americana.
Fonte:CNN Brasil
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