Para conscientizar a população sobre o tema e ajudar no enfrentamento do câncer de colo do útero, o Ministério da Saúde alerta para o Março Lilás, campanha de prevenção e controle da doença.
A ideia é estimular que as mulheres conheçam as principais formas de cuidado e fiquem atentas para sinais e sintomas desse tipo de câncer, que é o terceiro mais frequente entre a população femininda, depois o câncer de mama e de colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), instituto federal vinculado ao Ministério da Saúde para promoção de políticas públicas, ações e controle do câncer no país, o Brasil deve registrar 16.710 novos casos de câncer de colo do útero no triênio 2020/2022.
Nesse sentido, o Sistema Único de Saúde (SUS) está presente integralmente em todos os momentos da vida da mulher e tem papel fundamental, desde a prevenção até o tratamento das brasileiras que forem diagnosticadas com esse tipo de câncer. Procedimentos como cirurgia, quimioterapia e radioterapia são oferecidos gratuitamente pela rede pública de saúde.
O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.
Também chamado de câncer cervical, o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV, os chamados de oncogênicos. A infecção genital por esses vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. São sexualmente transmissíveis e podem causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus.
Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido também como Papanicolau – e são curáveis na maioria dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as Unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
Outra forma de evitar a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação. Além disso, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.
O Ministério da Saúde investiu R$ 150 milhões extras, em caráter excepcional e temporário, para custeio de ações integradas ao rastreamento, detecção precoce, tratamento e controle do câncer de mama e do colo do útero por meio do SUS em todo o Brasil.
Fonte/foto: Ministério da Saúde – Gustavo Frasão
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