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Calendário da feira: dezembro tem ameixa, figo, melancia e berinjela

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Série do G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta. Além das frutas típicas de Natal como o pêssego, também é tempo de manga, melão, pepino e abobrinha. Já a cebola, apesar de estar na época, teve o seu cultivo prejudicado pela seca. Dezembro é época de frutas típicas das festas de Natal, como ameixa, figo e pêssego. Por estarem em pleno período de colheita, elas podem ser encontradas por um preço mais baixo nos mercados do que no restante do ano.
Também é época de melancia, manga e melão.
No grupo dos legumes, a berinjela, o pepino e a abobrinha estão com uma boa oferta. A cebola, por sua vez, apesar de fazer parte da safra de dezembro, teve o seu cultivo prejudicado pela seca nas regiões produtoras. Com a estiagem, a qualidade e o volume disponível do alimento diminuíram, o que deve impactar preços.
Na série Calendário da Feira, iniciada em julho, o G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta.
Calendário de frutas de julho a dezembro
Arte/G1
Calendário de legumes de julho a dezembro
Arte/G1
A seguir, confira mais detalhes sobre a safra das principais frutas e legumes do mês, além de saber como comprar, conservar e outras curiosidades.
Ameixa
Ameixas no pé
Divulgação/MNS
Doce e levemente ácida, a ameixa é muito procurada em dezembro para enfeitar as mesas e as receitas da ceia de Natal. E o bom disso tudo é que, justamente nessa época, o seu preço cai e a sua qualidade sobe.
Isso acontece porque de dezembro a fevereiro, a ameixa que chega ao mercado é nacional, diferentemente do restante do ano, quando ela é importada de outros países, principalmente da Espanha.
Nos três meses de safra, os preços da ameixa costumam cair entre 40% a 50%, afirma Amauri Vieira, gerente de marketing do Grupo MNS.
E, por ser nacional, a fruta chega mais fresca até a mesa dos brasileiros. “A ameixa importada demora de 40 a 50 dias para chegar ao Brasil. Já a nacional chega nos mercados em cerca de 5 dias”, diz Vieira.
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Segundo ele, a oferta de ameixa deve ter um aumento de 25% neste ano. “Elas estão também com um calibre maior e mais saborosa”.
Em dezembro, a safra de ameixa fica concentrada no Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. Já nos meses de janeiro e fevereiro, as frutas que entram nos mercados e feiras vêm do Sul, com destaque para Santa Catarina.
Auge da safra: dezembro a fevereiro.
Como comprar: escolha as frutas firmes, sem rachaduras e de cor concentrada, segundo a Ceasa Minas.
Como conservar: a ameixa fresca pode ser conservada na geladeira por uma semana.
Figo
Figo
Divulgação/Benassi
Outra fruta muito comum nas receitas de Natal é o figo, que acaba de entrar na safra e que já está com o preço em queda, segundo levantamento da Ceagesp.
“A safra de figo esse ano deve seguir boa até março e depois a oferta no mercado nacional tende a diminuir por conta das exportações”, diz Eduardo Benassi, diretor de Relacionamento da Benassi São Paulo.
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“No entanto, apesar da boa qualidade, instabilidades climáticas no campo impactaram a produção, e esse mês haverá uma oferta 30% menor do que em dezembro do ano passado”, ressalta Benassi.
Mesmo assim, ele afirma que, até meados de março, o figo poderá ser encontrado até 4 vezes mais barato do que nos períodos de baixa oferta da fruta, como em junho, por exemplo.
Os principais estados produtores do figo no Brasil são, atualmente, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Auge da safra: dezembro a março.
Como comprar: é preciso observar bem a pequena abertura na ponta do figo. Ela deve apresentar um tom vermelho-vinho, nunca verde-musgo, e não ter a presença de larvas, de acordo com a Ceasa Minas.
Como conservar: na geladeira tem duração de uma semana.
Apesar de ser geralmente consumido na forma fresca, o figo pode ser utilizado para preparar doces, caldas, molhos para carnes e até aperitivos, como a receita de crostini de figo com requeijão no vídeo abaixo:
Prato Feito: veja como fazer um delicioso crostini de figo com requeijão
Melancia
Melancia
Unsplash
A melancia é produzida o ano todo, mas é durante os meses de verão que a sua oferta cresce em função do aumento da demanda por frutas mais refrescantes.
Segundo a Ceagesp, o período de maior disponibilidade da melancia vai de novembro a dezembro, meses em que os seus preços, geralmente, caem.
Veja a receita de geleia de melancia
Porém, neste mês, a safra de melancia de São Paulo, por exemplo, está menor do que em 2019 por causa seca, segundo a pesquisadora Fernanda Geraldini, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Apesar disso, um levantamento da Ceagesp mostra que a melancia está entre os produtos com queda de preços nesta semana.
São Paulo é o 3º principal estado produtor da melancia. Em primeiro está o Rio Grande do Norte, seguido do Rio Grande do Sul, estado que deve começar a fornecer melancias para o Centro-Sul do país a partir do dia 10 de dezembro, segundo o proprietário da Agropecuária Marini, Andreo Marini.
Ele conta que uma das variedades de melancia que a fazenda oferta aos mercados neste período é a pingo doce, que se diferencia das melancias tradicionais por ter um tamanho menor, o que facilita a armazenagem na geladeira. Além disso, ela tem uma polpa amarela e não tem sementes.
Auge da safra: novembro a fevereiro.
Como comprar: procure uma melancia de superfície uniforme, ou seja, sem cortes ou arranhões. Quanto mais pesada for a melancia em relação ao seu tamanho, mais líquido ela terá e mais madura estará.
Como conservar: em local ventilado e seco. Já em ambiente refrigerado, conserva-se por até 30 dias.
Veja uma receita de doce de melancia em calda e cristalizado:
Artesã ensina a receita de doce de melancia em calda e cristalizado
Berinjela
Berinjela
Reprodução/TV Globo
A berinjela é um dos legumes que está com uma boa oferta em dezembro, junto com o pepino, a abobrinha e o pimentão.
E na lista da Ceagesp, ela é um dos alimentos que está com o preço em queda, puxado, principalmente, pela redução do consumo do legume, diz o produtor de orgânicos de São Paulo, Alex Lee.
Segundo ele, o preço da berinjela, assim como o de outros legumes que estão na safra no final do ano, poderia ter recuado mais, se não fosse a seca e a onda de calor que atingiu o país em setembro, evento que acabou prejudicando a irrigação das lavouras.
Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma berinjela recheada
Na culinária, a berinjela é bastante versátil. Além de ser consumida assada ou cozida, ela pode ser recheada com queijos e carnes ou substituir a massa de farinha usada nas lasanhas.
Auge da safra: setembro a dezembro
Como comprar: prefira as de coloração roxo-azulada ou quase preta. A casca deve ser lisa e firme. Se estiver opaca ou com manchas cor de ferrugem indicam amadurecimento excessivo.
Como conservar: na geladeira, sem lavar e em sacos plásticos por até 5 dias.
Por que consumir alimentos da safra?
Frutas, legumes e verduras.
Divulgação
Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras.
Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável.
Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta.
Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo.
Como reduzir a chance de ingerir agrotóxicos nos alimentos, segundo especialistas
Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos?
“Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo”, ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo.
Além disso, quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado.
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