Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) foi para o café canéfora sustentável. Ao todo, 15 municípios integram a IG chamada ‘Matas de Rondônia’. Rondônia conquista primeira indicação geográfica, denominação de origem, de café canéfora
Rondônia conquistou nesta terça-feira (1°) a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável.
O registro de Indicação Geográfica é concedido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem.
O pedido de reconhecimento do produto ‘café em grão robustas amazônicos’ foi protocolado pela Associação dos Cafeicultores da Região das Matas de Rondônia (Caferon).
A área classificada como “Matas de Rondônia” na Identificação Geográfica abrange 15 municípios. São eles:
Alta Floresta D’Oeste
Alto Alegre dos Parecis
Alvorada D’Oeste
Cacoal
Castanheiras
Espigão D’Oeste
Ministro Andreazza
Nova Brasilândia D’Oeste
Novo Horizonte do Oeste
Primavera de Rondônia
Rolim de Moura
Santa Luzia D’Oeste
São Felipe D’Oeste
São Miguel do Guaporé
Seringueiras
Para denominar essa nova Identificação Geográfica que Rondônia conquistada, foi feito um estudo desde 2018.
De acordo com os documentos apresentados pelo Caferon, o café robusta amazônico de Rondônia é comprometido com a produção sustentável. Produtores indígenas, familiares, orgânicos e empresariais fazem parte do processo e compartilham a felicidade da conquista.
As condições ambientais e climáticas da região rondoniense, somadas ao trabalho especializado no manejo do solo, proporcionam a alta qualidade do grão.
Aguinaldo Lima, consultor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), diz que o reconhecimento coloca Rondônia em um novo patamar.
“A Coffea canephora, até então é tido como de qualidade inferior e de inferior ele não tem nada. Ele sim serve para os ‘blends’ dos melhores cafés produzidos no Brasil e lá fora. Se reconhece um produto que até era o “patinho feio” da produção de café nacional”, afirma.
Café robusta amazônico ganha indicação geográfica, em RO
Renata Silva/Embrapa Rondônia
Como surgiram os robustas amazônicos?
Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados.
O relatório do Exame de Mérito realizado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) descreve o perfil sensorial do café como: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal. “Uma nova ótica sensorial com paleta específica e característica dos cafés canéfora”.
Por fim, o documento conclui que “o café robustas amazônicos apresenta alto grau de adaptabilidade às condições da região das Matas de Rondônia, resultando em características diferenciadas do produto local quando comparadas às demais regiões produtoras”.
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