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Cadáveres de animais marinhos surgem em península da Rússia e ONG denuncia: 'desastre ecológico'

Focas, polvos e ouriços-do-mar aparecem mortos há dias na região de Kamchatka. ONG diz que análises da água detectaram quatro vezes mais derivados de petróleo e 2,5 vezes mais de fenol. Cadáveres de animais marinhos são encontrados em praias do leste da Rússia
Cadáveres de focas, polvos e ouriços-do-mar aparecem há dias na península russa de Kamchatka. A ONG internacional Greenpeace denunciou que “ocorreu um desastre ecológico” na região.
Os corpos dos animais marinhos foram encontrados na praia de Khalatyr, um local turístico conhecido pela prática do surf, e também na baía de Avacha, no Pacífico, de acordo com a ONG.
As análises feitas na água detectaram “quatro vezes mais derivados de petróleo e 2,5 vezes mais de fenol (componente natural encontrado no carvão mineral e em diversos produtos do cotidiano)”, segundo o Greenpeace, que explicou que as causas da contaminação ainda não foram identificadas. As autoridades locais não informaram sobre um possível acidente industrial ou acontecimento incomum.
Foto divulgada pelo Greenpeace mostra a água na área perto da praia Khalaktyr, na península de Kamchatka. A ONG internacional Greenpeace denunciou que “ocorreu um desastre ecológico” na região
Handout/Greenpeace/AFP
De acordo com a NBC, os surfistas que costumam nadar nas praias da região reclamaram que o mar estava com cheiro e cor diferentes. Um deles, Anton Morozov, divulgou um vídeo dizendo que vários frequentadores sofreram queimaduras nos olhos devido à qualidade da água.
“Precisamos entender o que acontecerá com a nossa saúde e com a saúde dos animais”, disse Morozov.
Uma das surfistas que sofreu com as mudanças na água foi Natalia Danilova, colega de Morozov. Em um post em uma rede social, ela contou que pratica o esporte desde agosto, mas que nas últimas semanas começou a ter problemas de visão. Ela disse que outros amigos no mesmo grupo de surf também tiveram os mesmos sintomas.
Neste fim de semana, o governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, visitou a região e ameaçou demitir as pessoas que ocultaram a gravidade da situação. Também prometeu divulgar uma nova análise nos próximos dias feita com amostras do local, enviadas para Moscou.
O Greenpeace disse que mantém contato com os responsáveis para “pedir uma investigação imediata das causas da contaminação, uma avaliação de seu alcance e a eliminação urgente das consequências”.
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