BRF anuncia aquisição de Mogiana Alimentos e amplia presença em ração para pets thumbnail
Economia

BRF anuncia aquisição de Mogiana Alimentos e amplia presença em ração para pets

Multinacional brasileira passará a deter 10% deste mercado junto com a compra do Grupo Hercosul, na semana passada. Frigorífico da BRF em Concórdia, SC
Reprodução/NSC TV
A BRF anunciou nesta sexta-feira (25) que sua subsidiária BRF Pet fechou contrato para a aquisição das sociedades detentoras de 100% do capital social da Mogiana Alimentos, e disse que a operação, associada à aquisição recente do Grupo Hercosul, vai lhe dar cerca de 10% do mercado de ração para cães e gatos.
O valor do negócio será comunicado ao mercado no fechamento da operação.
“Esses movimentos representam passos concretos para a BRF Pet se tornar um dos maiores e mais relevantes players no mercado brasileiro pet food até 2025”, disse a empresa.
Compra da Hercosul
Na sexta-feira passada (18), a BRF adquiriu o grupo Hercosul, também visando crescimento no setor de rações de cães e gatos.
“O objetivo é ser um dos dois líderes, top 2 nesse mercado, até 2025”, disse o presidente-executivo da BRF, Lorival Luz, na ocasião.
O mercado de ração para pets movimenta R$ 21 bilhões por ano no Brasil e, globalmente, só fica atrás dos Estados Unidos.
O CEO da BRF, maior exportadora global de carne de frango e com ampla gama de produtos alimentícios processados, ressaltou ainda que o setor de pet food é também de maior valor agregado, algo que a companhia tem perseguido com seu plano “Visão 2030” que busca diversificar negócios e elevar suas margens, em momento em que uma alta nas cotações do milho eleva os custos da indústria de carnes.
Segundo o CEO, a ração para pet “tem a mesma característica” dos produtos processados de maior margem. “Ele se aproxima mais deste lado da BRF de produtos industrializados de maior valor agregado.”
Na mesma entrevista, Luz reconheceu que os preços do milho, principal matéria-prima da ração para suínos e aves, que estão oscilando entre 90 e 100 reais a saca de 60 kg, “mudaram de patamar” diante da crescente demanda global, e não deverão voltar ao nível anterior de 50-60 reais, o que leva a indústria de carnes a se readequar em um movimento que repassa custos.
VÍDEOS: tudo sobre o agronegócio

Tópicos