O Brasil encerrou 2024 com 38.075 assassinatos registrados, representando uma redução de 6% em relação aos 40.768 casos de 2023. Essa diminuição faz parte de uma tendência de queda nos últimos quatro anos, acumulando uma redução de 16% desde 2020, quando o país contabilizou 45.522 mortes violentas.
Destaques do levantamento
Os dados, divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram compilados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) e consideram homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
Homicídios dolosos: Totalizaram 35.089 casos, com uma queda de 7,06% em relação a 2023. A taxa nacional foi de 16,51 homicídios por 100 mil habitantes, ainda acima da média global.
Perfil das vítimas: Homens continuam sendo a maioria absoluta, representando 91,6% dos casos (32.146 mortes). Mulheres somaram 2.450 vítimas (7%).
Mortes mensais: Março registrou o maior número de casos (3.216), enquanto dezembro apresentou o menor índice (2.498).
Feminicídios e violência contra mulheres
Os feminicídios também apresentaram redução, com 1.400 casos em 2024, uma queda de 4% em relação aos 1.450 de 2023. Apesar da melhora, o número ainda é preocupante, com uma média de 4 mortes por dia.
Violência sexual: Foram registradas 78.395 denúncias de estupro, uma queda de 5% em relação a 2023. No entanto, o número de casos cresceu 67% desde 2015, quando eram 46.985 registros. Mais de 80% das vítimas são mulheres.
Mortes em intervenções policiais
As mortes decorrentes de ações policiais também diminuíram 6%, totalizando 6.028 em 2024. Já o número de agentes de segurança mortos permaneceu estável, com 192 casos em 2024 contra 191 em 2023.
Desafios e avanços
Embora a redução das mortes violentas seja positiva, a análise sofre limitações devido à ausência de dados completos de estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Roraima. Além disso, o alto índice de violência contra mulheres e a taxa nacional de homicídios ainda acima da média global reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficazes.
A continuidade de ações integradas entre as forças de segurança e investimentos em prevenção são apontados como essenciais para consolidar a tendência de queda e proteger a população.
fonte:Correio Braziliense
foto:Valor Econômico – Globo





Add Comment