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Brasil registra 278,3 mil focos de incêndio em 2024, maior aumento em 14 anos.

O Brasil contabilizou 278.299 focos de incêndios florestais em 2024, um aumento de 46,5% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 189.901 casos. O levantamento foi divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e marca o maior número de focos desde 2010, quando o país registrou 319.383 ocorrências.

Na série histórica do Inpe, iniciada em 1998, o ano mais crítico foi 2007, com 393.915 queimadas. Em 2024, o bioma mais afetado foi a Amazônia, com 140.346 focos, seguido pelo Cerrado (81.468), Mata Atlântica (21.328), Caatinga (20.235) e Pampa (424).

Impacto por estados
O aumento nos incêndios foi sentido em quase todos os estados brasileiros, com destaque para o Mato Grosso, que liderou com 50.551 focos, seguidos pelo Pará (56.070) e Amazonas (25.499). Outros estados relataram aumentos significativos, como Mato Grosso do Sul, que passou de 4.529 focos em 2023 para 13.041 em 2024, e São Paulo, que saltou de 1.666 para 8.712 casos no mesmo período.

Confira alguns dados comparativos de 2023 para 2024:

Acre: de 6.562 para 8.658 focos
Mato Grosso: de 21.723 para 50.551 focos
Pára: de 41.715 para 56.070 focos
São Paulo: de 1.666 para 8.712 focos
Por outro lado, alguns estados, como a Bahia, registraram uma redução, passando de 11.917 para 9.160 focos.

Repercussões e contexto ambiental
O aumento expressivo no número de queimadas tem gerado preocupações ambientais e sociais. A Amazônia, que abriga a maior biodiversidade do planeta, foi uma região mais afetada, com mais da metade dos focos. O Cerrado, importante para o equilíbrio hídrico do Brasil, também sofreu severamente.

A CNN entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente para comentar os dados, mas, até o momento, não houve retorno.

Causas e desafios
Especialistas apontam que o desmatamento, a seca grave em algumas regiões e as ações humanas ilegais, como queimadas para expansão agrícola, continuam a ser os principais fatores para o aumento. O avanço do agronegócio sem controle e a falta de políticas públicas mais efetivas também agravaram o cenário.

Dada preocupação ambientalista e da comunidade internacional, que é cobrado do Brasil o maior compromisso com a preservação ambiental e o combate ao desmatamento, especialmente em áreas protegidas e de relevância global, como a Amazônia.

Fonte:CNN Brasil
Foto:Poder360

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