O Brasil foi oficialmente recertificado como país livre do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A entrega do certificado ao Ministério da Saúde ocorreu nesta terça-feira (12), confirmando a ausência de transmissão da doença desde 2022.
Histórico da Erradicação e Retorno dos Casos
O Brasil já havia obtido o certificado de eliminação do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 devido a surtos que ocorreram entre 2018 e 2019, com mais de 10 mil casos. O último registro de transmissão automática (dentro do território brasileiro) foi confirmado em junho de 2022, no Amapá, enquanto os casos recentes foram importados, reforçando a importância do controle.
Sobre o Sarampo e Sua Prevenção
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, podendo ser transmitida a partir de secreções ao tossir, respirar ou falar. Com sintomas iniciais como manchas vermelhas, febre alta e mal-estar, o sarampo também pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e, em casos extremos, levar à morte. O controle do sarampo depende, principalmente, da vacinação.
A vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) é oferecida gratuitamente na rede pública. As crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Para adultos que não completaram o esquema vacinal na infância, são recomendadas duas doses para pessoas de até 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos.
Cobertura Vacinal e Desafios
Nos últimos anos, a cobertura vacinal no Brasil causou uma queda preocupante, caindo de 95% em 2016 para 74% em 2021. Contudo, em 2024, a taxa da primeira dose subiu para 91%, enquanto a segunda dose superou os 80%. Esses números ainda precisam ser suspensos e ampliados para garantir que o sarampo não volte a circular internamente.
Importância da Vigilância e Manutenção da Erradicação
A OPAS reforça que, embora o país tenha recuperado o certificado, a vigilância deve continuar ativa. A possibilidade de o vírus entrar no país por meio de viajantes infectados exige que a cobertura vacinal permaneça alta para evitar novos surtos.
Fonte:G1
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