Produção de frango, por exemplo, pode ter crescido até 4,2%, para 13,8 milhões de toneladas em 2020, enquanto a expectativa para a carne suína é de alta de 8%. Frigorífico deverá adotar medidas de prevenção à Covid-19
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Os frigoríficos do Brasil aumentaram a oferta de carnes para os mercados mundiais este ano e vão elevar novamente a produção em 2021, embora enfrentem desafios em meio à pandemia de Covid-19, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quarta-feira (09).
A produção de frango provavelmente cresceu até 4,2%, para 13,8 milhões de toneladas este ano, mostraram as projeções da entidade que representa grandes grupos como JBS e BRF.
As exportações podem chegar a 4,23 milhões de toneladas em 2020, um aumento estimado em 0,5%. China e Arábia Saudita compraram a maior parte do frango do Brasil, de acordo com a ABPA.
Já a produção de carne suína pode totalizar 4,3 milhões de toneladas, um aumento de 8%, mostram os dados da ABPA para 2020. As exportações da proteína podem chegar a 1,03 milhão de toneladas neste ano, um aumento projetado de 37% e um recorde histórico, com a China respondendo por 50% da demanda nos primeiros 11 meses do ano.
Mas, embora as empresas tenham apresentado um bom desempenho durante a crise, os desafios permanecem, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Ele citou os custos mais elevados dos grãos, utilizados na ração animal, que atribuiu à especulação no mercado de milho em meio à disponibilidade escassa.
Santin também citou preocupações com dúvidas sobre até que ponto o auxílio emergencial oferecido pelo governo, que ajudou os brasileiros de baixa renda a comprarem alimentos durante a pandemia, seria estendido.
O Brasil, considerado o maior exportador de carne de frango, deve aumentar a produção em até 5,5% no próximo ano, para 14,5 milhões de toneladas. As exportações podem crescer 3,6%, para 4,35 milhões de toneladas, informou a ABPA.
Para a carne suína, a produção brasileira pode crescer 3,5%, para 4,4 milhões de toneladas em 2021, enquanto as exportações podem chegar a 1,1 milhão de toneladas no próximo ano, um aumento de 10%.
A China provavelmente continuará importando grandes volumes ao mesmo tempo em que restabelece o fornecimento interno de carne. O suprimento chinês foi fortemente abalado pelos efeitos da peste suína africana, a partir de 2018.
O Brasil também pretende abrir novos grandes mercados, com negociações em estágio avançado para exportar carne suína para o Canadá, acrescentou Santin.
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