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Brasil Alcança Menor Mortalidade por AIDS da História e Avança em Prevenção.

O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por AIDS desde o início da série histórica, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes , segundo o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O país também dobrou o número de usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), atingindo 109 mil pessoas , e alcançou a meta da ONU de diagnosticar 96% das pessoas que vivem com HIV .

Avanço no Diagnóstico e Prevenção
Em 2023, houve um aumento de 4,5% nos casos de HIV em relação a 2022, reflexo da maior capacidade de diagnóstico e ampliação de testes em todo o país. Entre os novos casos, 70,7% foram registrados em homens , com destaque para a faixa etária de 20 a 29 anos , que concentra 37,1% das infecções . No entanto, a mortalidade por SIDA, que resultou em 10.338 óbitos em 2023 , é a menor registada em uma década.

O número de usuários da PrEP, distribuídos gratuitamente pelo SUS, saltou de 50,7 mil em 2022 para 109 mil em 2024 . Essa estratégia preventiva é considerada essencial para reduzir novas infecções e alcançar a meta de eliminar a AIDS como problema de saúde pública até 2030.

Desempenho Frente às Metas da ONU
O Brasil atingiu dois dos três objetivos globais da ONU para eliminar a AIDS:

96% das pessoas que vivem com HIV produzem (meta: 95%);
95% das pessoas em tratamento com supressão viral , o que torna o HIV intransmissível.
O único ponto a ser aprimorado é o índice de pessoas em tratamento antirretroviral, que atualmente está em 82% , abaixo da meta de 95% .

A ministra da Saúde, Nísia Trindade , celebrou os avanços e destacou o compromisso do governo com a manutenção dessa agenda, marcada pela colaboração entre sociedade civil e movimentos históricos.

Panorama Regional e Populações Impactadas
As regiões Norte e Sul lideram em taxas de detecção de AIDS, com 26% e 25% dos casos , respectivamente. Cidades como Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS) apresentam os maiores índices de novos diagnósticos.

Entre os casos de AIDS em 2023, a maior parte foi registrada em homens homossexuais e bissexuais ( 43,9% ), com faixas etárias predominantes entre 25 e 34 anos .

Desafios e Próximos Passos
O aumento da detecção reflete o impacto positivo da ampliação de testes e prevenção, mas ainda há desafios, como retomar o tratamento de pessoas que o abandonaram e garantir o acesso universal ao antirretroviral.

O governo federal segue comprometido em cumprir as metas da ONU e integrar políticas de saúde pública que priorizem regulamentos historicamente respeitados, reafirmando o Brasil como referência global no enfrentamento ao HIV e à AIDS.

Fonte:agência gov
Foto:Portal Gov.br

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