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Economia

Bovespa opera em alta de olho nas discussões sobre gasto público

Na segunda-feira, índice fechou em queda de 1,73% e perdeu os 100 mil pontos. A bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta terça-feira (18), em sessão de recuperação, tendo de pano de fundo novos acenos do governo de compromisso com as contas públicas e com o teto de gastos.
Às 12h05, o Ibovespa subia 1,59%, a 101.179 pontos. Veja mais cotações.
Entre os destaques do dia, Magazine Luiza subia mais de 5%, após um salto nas vendas do segundo trimestre. CSN e Gerdau lideravam as altas do dia, com avanço acima de 7%, impulsionadas pela alta do minério de ferro na China.
Na véspera, a bolsa fechou em queda de 1,73%, a 99.595 pontos. Com o recuo, passou a acumular queda de 3,22% na parcial do mês. No ano, o Ibovespa tem baixa de 13,88%.
Paulo Guedes garante que governo não vai furar o teto de gastos
Cenário
Na cena doméstica, os investidores seguem de olho no desenrolar da agenda fiscal no Brasil.
O ministro Paulo Guedes negou na segunda-feira (17) divergências entre ele o presidente Jair Bolsonaro de afirmou que o governo vai fazer remanejamento de recursos a fim de criar as condições para que sejam feitos investimentos públicos sem “furar” o teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas da União).
Em paralelo, Bolsonaro disse que a saída do ministro “nunca foi cogitada” e que há “possibilidade zero de furar o teto de gastos”.
Segundo informou o blog de Valdo Cruz, o presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu a Guedes para buscar mais recursos a fim de assegurar investimentos sem ferir o limite de despesas previsto no teto de gastos, principal âncora fiscal do governo. Segundo o blog, a prioridade do governo neste segundo semestre não são as reformas tributária nem administrativa, mas aprovar no Congresso Nacional a prorrogação do auxílio emergencial e a criação do programa social Renda Brasil.
Na avaliação de analistas ouvidos pela Reuters, a sinalização de Guedes ‘”compra tempo” no mercado, principalmente dada a resiliência de bolsas no exterior, mas o comportamento na segunda-feira sugere que talvez seja necessária uma ação mais concreta de curto prazo que acalme preocupações principalmente sobre o cenário fiscal do país.
Na agenda de indicadores do dia, o Monitor do PIB da FGV apontou que a economia brasileira teve retração de 8,7% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, o pior já vivenciado pelo país desde 1980.
No exterior, além das crescentes tensões entre EUA e China após decisão do presidente Donald Trump sobre a Huawei, a corrida eleitoral norte-americana também estava no radar dos mercados internacionais.
Variação do Ibovespa em 2020
G1 Economia

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