O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a refutar suspeitas de envolvimento em um plano de golpe de Estado, classificando a acusação como “loucura” e alegando que sofre perseguição. Em declaração nesta segunda-feira (26/11), ao chegar a Brasília, Bolsonaro destacou que nunca discutiu ou planejou medidas ilegais, afirmando que sempre atuou “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Críticas ao inquérito
Bolsonaro questionou a condução da investigação pela Polícia Federal (PF), criticando a ausência do Ministério Público (MP) no processo:
“O inquérito não tem participação do Ministério Público. A mesma pessoa faz tudo e, no final, volta para condenar quem quer que seja”, disse.
Ele destacou que um golpe requer envolvimento de todas as Forças Armadas: “Ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais.”
Seu advogado, Paulo Amador da Cunha Bueno, também pediu maior participação da Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso, confiando que o procurador Paulo Gonet analisará a investigação com cautela.
Defesa e contexto
Bolsonaro sustentou que nunca teve conhecimento ou participação em qualquer conspiração. Ele reiterou que ideias fora da legalidade, como convocar as Forças Armadas, sequer foram consideradas:
“Todas as medidas que estudei foram dentro da Constituição. A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário.”
O ex-presidente alertou para as consequências de um suposto golpe: “Depois disso, como ficaria o país no dia seguinte? O mundo levantaria barreiras contra nós, seria um inferno.”
Alegações de perseguição
Bolsonaro afirmou que é alvo constante de perseguições políticas e jurídicas. Ele negou ter convocado ou assinado qualquer documento relacionado a ações que pudessem configurar quebra institucional, defendendo que buscou apenas alternativas legais para lidar com a insatisfação popular.
“Sou perseguido o tempo todo”, concluiu.
Fonte:Correio Braziliense
Foto:CNN Brasil
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