BOLSONARO FECHA PACTO COM O CONGRESSO PELO CONTROLE DE GASTOS
O alerta do Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a “debandada” da equipe, teve efeito no Palácio do Planalto.
Ontem, o Presidente Bolsonaro fez declaração, ao lado dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de ministros, para defender o teto de gastos, mecanismo que proíbe as despesas de crescer em ritmo superior à inflação.
Na presença do Ministro Guedes, Bolsonaro demonstrou apoio à Reforma Administrativa e ao programa de privatizações.
Antes dessa entrevista, os q uatro reuniram-se no Palácio do Planalto, onde discutiram as reformas, inclusive a tributária, traçando pacto para esse período de segundo semestre ainda com pandemia.
O Presidente da Câmara dos Deputados afirmou: “Reafirmamos nosso compromisso com o teto de gastos, com a boa qualidade do gasto público. Isso é reafirmar nosso compromisso com o futuro do país”.
A emenda constitucional do teto de gastos foi promulgada no Governo Temer. Vale por 20 anos e prevê que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) não podem crescer acima da inflação do ano anterior.
PRIVATIZAÇÃO – Bolsonaro defendeu a privatização de empresas públicas. Disse que os desafios burocráticos do estado brasileiro são enormes.
“O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada”, disse ele.
DÍVIDA – Dados de ontem mostram previsão de alta da dívida bruta do Governo para 98,2% do Produto Interno Bruto em 2020.
A previsão pré-pandemia era que a dívida fechasse este ano em 77,9% do PIB.
LÍDER – Presidente Bolsonaro substituiu o líder do Governo na Câmara. Quem assume é o deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Com a mudança, deixa o cargo o deputado Vitor Hugo (PSL-GO).
Ricardo Barros é deputado pelo Progressistas e foi Ministro da Saúde no Governo Temer.
CONFIANÇA – Índice de Confiança do Empresário Industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu para 57 pontos em agosto, na escala de 0 a 100.
Em julho, 47,6 pontos.
COMÉRCIO – As vendas do comércio cresceram em 24 das 27 unidades da Federação, segundo o IBGE.
De maio para junho de 2020, a taxa média de vendas do comércio varejista no país subiu 8%.
Os destaques são: Pará (39,1%), Amazonas (35,5%) e Ceará (29,3%).
Os destaques de queda ficaram com Rio Grande do Sul (-9,0%), Paraíba (-2,4%) e Mato Grosso (-2,0%).
COMÉRCIO AMPLIADO – O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, cresceu 12,6% em relação a maio, sendo que na média móvel do trimestre chegou a 3,9%.
Na comparação com junho de 2019, houve um recuo de 0,9%, a quarta taxa negativa.
O acumulado nos últimos 12 meses caiu 1,3%.
UNIVERSIDADES – Governo anuncia corte de R$ 1,43 bilhão nas verbas das universidades federais, que terão de fazer adaptações nos orçamentos.
Os cortes não afetam as despesas obrigatórias, como salários de funcionários e aposentadorias.
BRASIL – São 104.201 mortes pela covid-19 no Brasil.
Ontem, 1.164 novos casos.
Os estados com mais mortes são: São Paulo (25.869), Rio de Janeiro (14.295), Ceará (8.052) e Pará (5.909).
As Unidades da Federação com menos óbitos são: Tocantins (482), Roraima (555), Mato Grosso do Sul (558), Acre (569) e Amapá (606).
REFORMA – Secretários estaduais de Fazenda defendem que a Reforma Tributária seja ampla, envolvendo todos os tributos sobre consumo e os entes da Federação: estados, Distrito Federal, municípios e União.
Comitê Nacional de Secretários de Fazenda afirma que o sistema tributário só será aprimorado com reforma ampla.
ELETROBRAS -Lucro líquido da Eletrobras foi R$ 4,6 bilhões no segundo trimestre deste ano.
O Ebitda, sigla para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 7,8 bilhões, valor 483% maior do que no mesmo período do ano passado.
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VIAGEM – Presidente Bolsonaro está hoje em Belém (Pará), onde entrega a primeira etapa do “Projeto Belém Porto Futuro”.
DÓRIA – Governador de São Paulo, João Dória (e a Primeira Dama) estão com covid-19.
ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,453, com alta de R$ 0,038 (+0,7%).
Índice Ibovespa atingiu 102.118 pontos.
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