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Bolsas de NY têm forte queda com dúvidas sobre retomada econômica nos EUA

Piora no sentimento dos mercados se deu principalmente nas ações de tecnologia, o que fez Nasdaq recuar mais; “termômetro do medo” de Wall Street saltou 7,24%. Os principais índices acionários americanos encerraram o pregão desta quinta-feira (23) em queda firme diante de dúvidas quanto ao ritmo de recuperação da atividade econômica nos Estados Unidos. O primeiro aumento desde março nos pedidos iniciais de seguro-desemprego no país acionou o sinal amarelo para os investidores, que optaram por um tom mais cauteloso.
Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou os negócios em queda de 1,31%, a 26.652,33 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 1,23%, para 3.235,66 pontos. O índice eletrônico Nasdaq cedeu 2,29%, para 10.461,42 pontos. Considerado o “termômetro do medo” de Wall Street, o VIX, índice de volatilidade da CBOE, saltou 7,24%, para 26,08 pontos.
O forte ímpeto altista das bolsas nova-iorquinas foi paralisado nesta quinta-feira. Ainda pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA jogou um balde de água fria no ânimo dos investidores, ao informar uma alta de 109 mil nos pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, para o total de 1,416 milhão, acima do esperado pelo mercado (1,3 milhão). Além disso, o índice econômico semanal (WEI), elaborado pela distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed), mostrou sinais de reversão, ao passar de -6,99% na semana encerrada em 11 de julho para -7,08% na semana passada
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“O surgimento de casos de Covid-19 no Cinturão do Sol e a paralisação da reabertura das atividades em outros estados aparentemente causaram outra onda de demissões, que impediram a continuidade da recuperação do mercado de trabalho”, afirmam os economistas Thomas Simons e Aneta Markowska, do banco Jefferies. Eles se disseram preocupados com os dados de seguro-desemprego e notaram que houve uma clara perda no ímpeto de queda das solicitações.
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A piora no sentimento dos mercados no período vespertino foi substancial e se deu, principalmente, nas ações de empresas de tecnologia, que têm liderado o rali das bolsas em Nova York. As ações da Tesla recuaram 4,98%, mesmo após a companhia revelar seu quarto trimestre consecutivo de lucro. Diversos analistas elevaram o preço-alvo das ações da Tesla, mas apenas sete de 33 se mostraram otimistas em relação à companhia.
Os papéis da Apple (-4,55%) foram afetados por diversos fatores: a companhia estuda adiar um evento em que apresentará novos modelos de iPhone; o Goldman Sachs disse, em relatório, que o ímpeto atual das ações da empresa é “insustentável”; e o site “Axios” informou que vários estados americanos investigam a companhia por supostamente “enganar consumidores”. O subíndice de tecnologia do S&P 500 sofreu um tombo de 2,63%, enquanto o de comunicação caiu 1,95%.

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