Ações de grandes instituições refletiram alívio em alguns pontos da regra de Volcker, instituída após a crise de 2008. O ambiente mais avesso a risco que deu as caras no início do pregão desta quinta-feira (25) deu lugar a um cenário de busca por ativos mais arriscados, o que impulsionou os mercados acionários americanos.
No pelotão de frente, estiveram as ações de grandes bancos, que se viram apoiadas por um alívio na regulação de alguns pontos da chamada regra de Volcker, ao mesmo tempo em que os agentes aguardaram os resultados dos testes de estresse do Federal Reserve (Fed).
Bovespa fecha em alta nesta quinta-feira, com exterior ainda volátil
Nesse contexto, em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou o dia em alta de 1,18%, aos 25.745,60 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 1,10%, para 3.083,76 pontos. O índice eletrônico Nasdaq avançou 1,09%, para 10.017,00 pontos.
Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York
REUTERS/Shannon Stapleton
Uma mudança na regulação do sistema financeiro deu apoio às ações de grandes instituições financeiras nesta quinta-feira. Em comunicado divulgado hoje, o Federal Reserve (Fed), a OCC, a FDIC, a CFTC e a SEC aprovaram, conjuntamente, um dispositivo que modifica a proibição da regra de Volcker para entidades bancárias que investem ou patrocinam fundos de hedge ou fundos de private equity.
As mudanças entrarão em vigor em 1º de outubro. Os reguladores americanos reduziram o montante de colateral que os bancos precisam manter para cobrir potenciais perdas com negociações de swap.
Logo que os primeiros rumores quanto às flexibilizações nas regulações bancárias chegaram às mesas de operação, as ações de grandes bancos inverteram a leve queda observada nos primeiros negócios do dia e passaram a subir com força.
Não por acaso, o índice KBW Bank, que abarca os 24 maiores bancos americanos, fechou em alta de 3,35%, aos 76,92 pontos. Hoje, as ações do J.P. Morgan subiram 3,38%; as do Bank of America tiveram alta de 3,82%; e as do Wells Fargo saltaram 4,75%.
O dia também foi de agenda de indicadores cheia. O número de novos pedidos de seguro-desemprego voltou a desacelerar, mas caiu menos do que o esperado pelo mercado, enquanto as encomendas de bens duráveis subiram 15,8% na passagem de abril para maio, acima do esperado pelo mercado ( 10,5%).
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