Bolsas da Europa fecham sem direção única com Hong Kong e vacina no foco thumbnail
Economia

Bolsas da Europa fecham sem direção única com Hong Kong e vacina no foco

Questões geopolíticas envolvendo Hong Kong permaneceram no foco, mas o otimismo dos agentes quanto a uma vacina para a Covid-19 ajudou a drenar parte do tom negativo. Depois de oscilarem entre leves ganhos e perdas durante todo o dia, os principais índices acionários europeus encerraram o pregão desta sexta-feira (22) sem direção única, mas perto da estabilidade. Questões geopolíticas envolvendo Hong Kong permaneceram no foco dos agentes durante todo o dia, mas o otimismo dos agentes quanto a uma vacina para a Covid-19 ajudou a drenar parte do tom negativo dos investidores com a recente escalada nas tensões entre o governo chinês e Hong Kong.
Assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em queda de 0,03%, aos 340,17 pontos, o CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,02%, aos 4.444,56 pontos, e o FTSE 100, da Bolsa de Londres, cedeu 0,37%, aos 5.993,28 pontos. Já o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 0,07%, a 11.073,87 pontos, enquanto o FTSE-MIB, de Milão, subiu 1,34%, para 17.316,29 pontos.
O governo chinês planeja impor uma lei de segurança nacional sobre Hong Kong, o que trouxe de volta ao foco dos investidores temores quanto ao futuro da cidade. Nos planos da China, agências de segurança nacional montariam operações para os casos em que for preciso interromper atividades consideradas subversivas pelo governo e a interferência estrangeira em Hong Kong. Em nota emitida nesta sexta-feira, o Conselho Europeu pediu respeito à autonomia de Hong Kong e disse que irá monitorar de perto a evolução do caso.
Com as questões relativas à China no centro das atenções do mercado, a abertura foi em tom negativo nos negócios em solo europeu. Apesar disso, as bolsas abandonaram as perdas observadas no início do dia e passaram a subir levemente durante o dia, com os agentes atentos a notícias relativas à chance de uma vacina para a Covid-19. O diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, afirmou, durante a manhã desta sexta, que os estudos da Moderna para a obtenção de uma vacina pareciam “promissores”.
A esperança de uma vacina é algo positivo no momento em que indicadores têm mostrado um impacto expressivo deixado pelo novo coronavírus na economia. No Reino Unido, as vendas no varejo sofreram um tombo de 18,1% na passagem de março para abril. O dado vem na esteira de discussões no Banco da Inglaterra (BoE) sobre a possibilidade de adoção de juros nominais negativos.
Em entrevista à agência “Reuters”, Dave Ramsden, vice-presidente do BoE, disse achar razoável ter a mente aberta para essa questão e afirmou que é possível que o banco central tenha de aumentar o programa de compra de ativos na reunião de junho.
Em solo britânico, ações de bancos não digeriram bem a possibilidade de juros negativos. Assim, com o dia já negativo diante das tensões entre China e Hong Kong, os papéis do HSBC cederam 3,99%; os do Lloyds caíram 0,95% e os do Barclays tiveram baixa de 0,75%.
Na zona do euro, o principal destaque do dia foi a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O documento trouxe poucas novidades, mas mostrou que os dirigentes podem implementar novas medidas de apoio à economia já no próximo mês.
Durante a tarde desta sexta, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, disse, em evento organizado pela distrital de Cleveland do Federal Reserve, que, “em um mundo de inflação baixa e juros baixos, é plausível que o impacto de choques negativos na inflação seja provavelmente mais persistente”.
Vacina testada em humanos avança para próxima fase no Reino Unido

Tópicos