Reportagem do ‘Wall Street Journal’ afirma que caso começou a ser investigado em 2019. Executivo não negou relacionamento, mas disse que afastamento da companhia não teve a ver com isso. Bill Gates em imagem de arquivo no G20.
Remy de la Mauviniere/AP
O fundador da Microsoft, Bill Gates, deixou o conselho de diretores da companhia em 2020, em meio a uma investigação sobre um relacionamento extraconjugal com uma funcionária, segundo reportagem do jornal “Wall Street Journal” desta segunda-feira (17).
O caso veio à tona duas semanas depois de ele e sua esposa, Melinda, anunciarem o divórcio, após 27 anos de casamento.
Bill Gates não negou o relacionamento, mas disse ao “Wall Street Journal” que sua saída do conselho não teve a ver com a investigação.
Trata-se de “um caso há quase 20 anos que terminou amistosamente”, disse uma porta-voz do executivo ao jornal, que afirmou que ele deixou a companhia para se concentrar mais em sua organização filantrópica, a Fundação Bill e Melinda Gates.
Divórcio de Bill e Melinda Gates: as dúvidas sobre o destino de fortuna de US$ 124 bilhões
Cinco fatos importantes sobre a Fundação Bill e Melinda Gates, uma das maiores do mundo
Um porta-voz da Microsoft disse à agência de notícias AFP que a empresa foi alertada no segundo semestre de 2019 que “Bill Gates tentou iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa em 2000”.
“Um comitê do conselho de administração revisou o caso, com a ajuda de um escritório de advocacia externo, para realizar uma investigação exaustiva”, afirmou a companhia.
O fundador da Microsoft deixou o cargo de presidente do conselho de administração da companhia em março de 2020.
Encontros com Jeffrey Epstein
Não está claro qual o papel dessa investigação e do caso extraconjugal na separação do casal.
Na semana passada, o “Wall Street Journal” publicou outra reportagem em que afirmava que encontros do executivo com o financista Jeffrey Epstein teve um papel determinante para o divórcio.
“A amizade de Gates com Epstein não agradava Melinda, que expressou o sentimento ao então marido”, disse a reportagem.
Epstein se suicidou na prisão em 2019, enquanto aguardava julgamento por suposto tráfico de menores.
SAIBA MAIS: Documentário mostra como Jeffrey Epstein montou esquema de exploração sexual
O jornal afirmou na reportagem desta segunda (17) que alguns membros da diretoria também questionaram os laços entre Gates e Jeffrey Epstein.
A equipe do fundador da Microsoft garantiu ao conselho que ele se reuniu com Epstein por “razões filantrópicas” e que “se arrependia de tê-lo feito”, segundo o jornal.
Bill Gates fundou a Microsoft em 1975 e renunciou ao cargo de CEO da empresa em 2000, alegando que queria se concentrar em sua fundação. Em 2008, afastou-se por completo do cargo. Sua posição como diretor do conselho de administração foi a última que o vinculou oficialmente à empresa.
Comentar