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Meio Ambiente

Biden nomeia deputada indígena para cargo de secretária do Interior; escolhida já criticou Bolsonaro

Deb Haaland escreveu artigo com parlamentar brasileira em que acusam os governos Bolsonaro e Trump de ‘danificar a santidade das terras sagradas e ignorar os direitos das comunidades afetadas’. Deb Haaland, nomeada para ocupar a Secretaria do Interior dos EUA, em foto de 5 de março
J. Scott Applewhite/Arquivo/AP Photo
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu nesta quinta-feira (17) a deputada democrata Deb Haaland para ocupar o cargo de secretária do Interior. A parlamentar, que já criticou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro pela política ambiental, será a primeira mulher de origem indígena a ocupar o posto.
No cargo, Haaland será responsável sobre as áreas ocupadas por quase 600 grupos indígenas no país e diversos parques, áreas públicas e de preservação ambiental, além das riquezas minerais dos Estados Unidos.
“Eu serei forte por todos nós, pelo nosso planeta e por toda nossa área protegida”, disse Haaland após o anúncio de Biden.
Deb Haaland, deputada democrata nomeada por Joe Biden para a Secretaria do Interior, em foto de 20 de agosto
Democratic National Convention/Pool via Reuters / Arquivo
Em artigo assinado em março do ano passado com a deputada brasileira Joênia Wapichana (Rede-RR) e publicado no “The Washington Post”, Haaland criticou as políticas ambientais de Jair Bolsonaro e de Donald Trump — presidente americano que deixa o cargo em 20 de janeiro.
“Os retrocessos dos governos de Trump e Bolsonaro são enormes e enfatizam a necessidade de solidariedade entre os povos indígenas e nossos aliados nas Américas do Norte e do Sul. Continuaremos a denunciar as tentativas dos governos Bolsonaro e Trump em danificar a santidade das terras sagradas e ignorar os direitos das comunidades afetadas”, escreveram as parlamentares, na ocasião.
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Biden em Atlanta nesta terça-feira (15).
REUTERS/Mike Segar
Haaland será mais um nome de minorias representativas nos Estados Unidos a ocupar o gabinete do governo Biden caso todas as indicações se confirmem. O presidente eleito americano selecionou um cubano-americano para o departamento que, entre outras coisas, cuida da imigração; e uma mulher para coordenar as atividades de inteligência da Casa Branca.
Além disso, pela primeira vez os EUA deverão ter um negro no comando do Pentágono — como o general Lloyd J. Austin estava na ativa há apenas quatro anos, o Congresso terá que aprovar o nome. Nesta semana, Biden chamou Pete Buttigieg — militar e homossexual assumido — para o cargo de Secretário de Transportes.
A própria vice-presidente eleita, Kamala Harris, descendente de indianos e jamaicanos, representa a primeira vez que uma mulher chega ao cargo.
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