Maior parte dos ativos no exterior são investimentos diretos. Somente no ano passado, de acordo com o Banco Central, bens de brasileiros lá fora cresceram US$ 36 bilhões. Os bens de brasileiros no exterior cresceram US$ 36 bilhões no ano passado, o que elevou o volume total de ativos lá fora para US$ 529,221 bilhões no final de 2019, segundo números divulgados nesta terça-feira (25) pelo Banco Central. Foi a primeira vez que o patamar de US$ 500 bilhões foi superado.
Os dados, que englobam pessoas físicas e empresas, são resultado das declarações de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), cujo prazo de envio terminou em 1º de junho de 2020. O BC já havia divulgado estimativas para os ativos de brasileiros no exterior, mas os números definitivos saíram somente nesta terça-feira.
“Esse é um movimento de crescimento que não é linear, mas é constante. Se olhar a pesquisa como um todo, mostra uma tendência de aumento dos investimentos, o que parece consistente com a tendência das empresas brasileiras aumentarem sua participação no exterior, e seu grau de internacionalização”, avaliou Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC.
Do total de US$ 529 bilhões em bens no exterior, no final de 2019, a maior parte (US$ 416,553 bilhões) refere-se a investimentos brasileiros, ou seja, participação em empresas lá fora. Há, ainda, aplicações financeiras em ações, BDR’s e em títulos de renda fixa no exterior, no valor de US$ 47,253 bilhões; em derivativos, no valor de US$ 1,721 bilhão; US$ 6,923 bilhões em imóveis; e US$ 29,530 bilhões em “moeda ou depósitos” no exterior.
De acordo com Fernando Rocha, do BC, é “muito comum” brasileiros manterem contas no exterior para atividades empresariais, ou para fazer uma poupança em outras moedas, no caso de pessoas físicas. “Isso tem a ver com sua aposentadoria, ou porque tem planos de se transferir ao exterior”, explicou.
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