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BC ELEVA JUROS A 10,75%, SOB PROTESTOS DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS

Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, aumentou a taxa de juros oficial Selic em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano. A medida busca controlar a inflação, mas merece ressalvas das entidades que representam o setor produtivo.

O Brasil passa a ocupar a liderança no ranking mundial das taxas de juros reais (descontada a inflação) elaborado pela Infinity Asset Management.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) chamou de excessiva e equivocada a alta da Selic. Adverte para o risco de que o aperto monetário gere recessão em 2022.

Segundo a CNI, indicadores preliminares mostram estagnação da atividade econômica, como o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que em novembro estava 0,6% abaixo do índice de junho.

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a alta da Selic não representa o melhor instrumento para combater a inflação. Isso porque, na avaliação da entidade, os preços estão subindo por pressão de custos, como energia e alimentos, não por excesso de demanda.
A elevação da Selic pode comprometer a recuperação da atividade econômica em 2022, diz a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

 

 APOSENTADOS – Neste ano, o INSS não vai exigir a comprovação presencial de vida para os aposentados, por causa das limitações geradas pela pandemia. Meios eletrônicos serão usados nesse processo.

O bloqueio de pensionistas do INSS por falta da comprovação de vida ficará suspenso até dezembro.

 

REFORMA – Presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Congresso, em mensagem na reabertura do ano legislativo, apelo para que os parlamentares aprovem a reforma tributária. A demanda já tinha sido incluída na mensagem de 2021.

 

“Diversos projetos legislativos merecem atenção e análise do Congresso Nacional, neste ano de 2022, para a consecução dos programas e das políticas públicas em curso. Aqui, destacamos o da Portabilidade da Conta de Luz, o do Novo Marco Legal das Garantias e o da Reforma Tributária”, diz o texto.

 

 MPS – Com 12 Medidas Provisórias (MPs) na fila de votação, Câmara dos Deputados e Senado retomaram ontem os trabalhos.

Seis MPs trancam a pauta e três precisam ser aprovadas até o fim de fevereiro.

 

Entre as medidas, está a MP 1.066/2021, que trouxe estímulos ao setor elétrico.

Destaca-se a MP 1.069/2021, que trata da comercialização de combustíveis por revendedor varejista, ou seja, com venda direta aos postos, com prazo de vigência até 20 de fevereiro.

 

Já a MP 1.070 possibilita a policiais, bombeiros, agentes penitenciários, peritos e guardas municipais, subvenção financeira concedida pelo Governo Federal para aquisição da casa própria.

Outra MP é a 1.065/2021, que permite a exploração privada de ferrovias por meio de autorização.

Também pendente a MP 1.090/2021, que permite abatimento de até 86,5% nas dívidas de estudantes com o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

Já a MP 1.065/2021, que permite a exploração privada de ferrovias por meio de autorização, está com prazo apertado. Vale até 6 de fevereiro de 2022 e ainda não foi analisada por nenhuma das Casas do Congresso.

 

 GOVERNADORES – Fórum Nacional de Governadores reúne-se hoje de forma virtual, a partir das 18h.

Temas: tributação de combustíveis; de criação de um fundo de estabilização de preços; pandemia e reajuste do piso salarial nacional dos profissionais da rede pública da educação básica.

PERU – Presidente Bolsonaro está hoje em Porto Velho (Rondônia), onde vai se encontrar com o presidente do Peru, Pedro Castillo.

Os presidentes tratarão de comércio e acesso a mercados, integração física, cooperação fronteiriça, cooperação em defesa e segurança, cooperação técnica e humanitária e combate à pandemia.

VACINA – São 150.416.056 pessoas totalmente imunizadas contra a Covid-19 no Brasil, o que representa 70,02% da população.

Dose de reforço foi aplicada em 48.452.157 pessoas (22,55%).

Ontem, 893 mortes pela Covid-19, elevando o total a  628.960.

Brasil registrou média de óbitos diários pela Covid-19 de 649, a maior já registrada desde 31 de agosto.

 

INVESTIMENTO – Investidor estrangeiro decidiu apostar no mercado brasileiro neste início de ano, em razão dos preços baixos em comparação a outros países emergentes.

Em janeiro, a entrada líquida de capital na B3 – a bolsa de valores oficial do Brasil – foi de R$ 32,49 bilhões, contra os R$ 14,547 bilhões registrados em dezembro.

 

 ECONOMIA – Dólar fechou ontem estável, a R$ 5,27.

Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, fechou com recuo de 1,18%, aos 111.894 pontos.

Por RENATO RIELLA

Foto de Miguel Á. Padriñán no Pexels

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