Empresa assinou no ano passado um acordo de US$ 10,9 bilhões para pagar demandas nos Estados Unidos contra o Roundup, pesticida a base de glifosato comercializado por sua filial Monsanto, adquirida em 2018. Agrotóxico Roundup, da Monsanto, comprada pela Bayer, é visto em prateleira de varejista próximo a Bruxelas
Yves Herman/Reuters
O grupo alemão Bayer anunciou nesta quinta-feira (25) um prejuízo líquido de 10,5 bilhões de euros (US$ 12,789 bilhões).
A perda foi impulsionada por um acordo assinado nos Estados Unidos para encerrar uma disputa jurídica sobre o herbicida glifosato, o agrotóxico mais vendido no Brasil e no mundo.
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A empresa assinou no ano passado um acordo de US$ 10,9 bilhões para saldar 90.000 das 125.000 demandas nos Estados Unidos contra o Roundup, pesticida a base de glifosato comercializado por sua filial Monsanto, adquirida em 2018.
O RoundUp foi classificado em 2015 como “provavelmente cancerígeno” pelo Centro Internacional de Pesquisas contra o Câncer (Circ), vinculado à OMS.
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No final de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter, com restrições, o uso do glifosato no Brasil.
Espera de alta em 2021
O resultado operacional do grupo também ficou no vermelho, com a perda de 16,1 bilhões de euros. Apesar dos resultados, a Bayer expressou confiança para o ano de 2021 e afirmou que “espera um crescimento sólido e lucros estáveis”.
A empresa espera um aumento de 3% do volume de negócios, que ficaria entre “42 e 43 bilhões de euros”.
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