Consumidores acusavam a Monsanto, subsidiária da empresa alemã, de ocultar em seus anúncios publicitários os riscos à saúde causado pelo pesticida. O glifosato é um dos herbicidas mais usados no mundo
Benoit Tessier/File Photo/Reuters
O grupo farmacêutico e agroquímico alemão Bayer pagará quase US$ 40 milhões em um processo nos Estados Unidos sobre o glifosato, o herbicida mais utilizado do mundo, acusado de provocar problemas de saúde.
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Consumidores acusavam a Monsanto, empresa comprada pela Bayer em 2018 por US$ 63 bilhões, de ocultar em seus anúncios publicitários os riscos à saúde causado pelo agrotóxico, segundo um documento do tribunal de Kansas City publicado na segunda-feira (30) e divulgado pela agência Bloomberg.
No total, o grupo pagará US$ 39,6 milhões.
“O caso chegou a uma resolução satisfatória para todas as partes e depende da aprovação do tribunal competente”, afirmou a Bayer em um comunicado.
Há dois anos a Bayer está envolvida em outro processo nos Estados Unidos, o mais importante para a questão, no qual milhares de demandantes questionam a empresa pelos supostos efeitos cancerígenos dos herbicidas da Monsanto, entre eles o Roundup.
O processo inclui 48.600 acusações.
A Bayer perdeu os três primeiros julgamentos nos Estados Unidos e foi condenada a pagar multas muito elevadas, que depois foram reduzidas em segunda instância.
O grupo tenta, com o advogado americano Ken Feinberg, fechar o caso com um acordo e poderia aceitar pagar até US$ 10 bilhões, segundo o Wall Street Journal.
A Bayer nega responsabilidade e recorda que desde o início da comercialização do glifosato nos anos 1970 nenhum organismo de regulamentação chegou à conclusão de que o produto é perigoso para a saúde.
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