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Banco Central faz consulta pública para mudar regulamento de instituições de pagamento

Novas normas criam uma modalidade que possibilitará ao consumidor efetuar pagamentos utilizando meios diferentes dos tradicionais. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Reuters
O Banco Central (BC) abriu uma consulta pública para uma alteração nas regras das instituições de pagamento que, entre outras novidades, cria o iniciador de transação de pagamentos, uma nova modalidade que possibilitará ao consumidor efetuar pagamentos utilizando meios diferentes dos tradicionais.
Segundo o BC, o iniciador de transação de pagamento será obrigatoriamente uma instituição autorizada a funcionar pela autoridade monetária e poderá prestar o serviço ao consumidor e aos estabelecimentos comerciais.
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“As instituições autorizadas pelo BC a prestarem serviço de pagamento poderão realizar a função de iniciar pagamentos normalmente, sem necessidade de nova autorização”, diz nota do BC.
“A diferença é que, após a edição da norma que está em consulta pública, passarão a competir com novos atores no mercado, cuja atuação depende de autorização do BC. Essa competição tem o potencial de estimular novos modelos de negócio e baratear custos para o consumidor.”
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A norma sob consulta pública também dispensa fintechs do tipo sociedade de crédito direto de requerimento prévio para prestar serviços como emissores de instrumento de pagamento pós-pago. O regulamento exige, ainda, que as instituições de pagamento emissoras de moeda eletrônica solicitem autorização para funcionar ao BC antes de iniciar suas atividades.
Segundo o BC, atualmente, a regulamentação não exige a autorização prévia do BC para as instituições emissoras de moeda eletrônica de menor porte.
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“Passados seis anos do início de regulamentação das instituições de pagamento, o BC entende necessário padronizar a regra de acesso ao sistema de pagamentos”, diz a nota do BC.
“Com isso, ficam mitigadas assimetrias de oportunidades nas condições mercadológicas desse modelo de negócio que gerencia conta pré-paga, aperfeiçoam-se o monitoramento das transações, notadamente na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, e aprimora-se a gestão de risco de parte da poupança popular.”
A consulta pública é feita pelo edital nº 77/2020, que pode ser encontrado na página do BC na internet, e as sugestões e comentários podem ser feitos até 8 de agosto.

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