AUXÍLIO DE R$ 600 AUMENTOU EM 24% A RENDA DA POPULAÇÃO CARENTE
O auxílio mensal emergencial de R$ 600 representa um aumento de 24% na renda mensal dos trabalhadores brasileiros que receberam o benefício, de acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sem o programa de ajuda, o recuo no período de pandemia seria de 18%, diante da interrupção de atividades em todas as regiões.
O recebimento do auxílio mais do que compensou as perdas resultantes da covid-19. Na média, para todos os tipos de trabalho prejudicados, a renda é aproximadamente 24% maior do que a renda usual pré-pandemia.
Estudo focalizou 64 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial em todo o Brasil.
CRÉDITO – Senado aprovou a Medida Provisória 975, que concede crédito para pequenas e médias empresas para a preservação de empregos e renda durante a pandemia. A proposta segue para sanção presidencial.
A MP criou o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, com a garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).
A linha criada atende empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões
Foi incluída a possibilidade de microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas obterem empréstimos, de até R$ 50 mil, por meio das maquininhas de cartão.
Durante a votação, senadores ressaltaram que, apesar da medida já estar vigente, por ter força de lei, o crédito ainda não chegou para a maior parte dos empresários que precisam de apoio.
FRONTEIRAS – Governo Federal editou portaria, que já entrou em vigor, permitindo a reabertura do espaço aéreo do Brasil a estrangeiros.
A portaria abre o espaço aéreo, mas permanecem as restrições para trânsito terrestre ou transporte aquaviário.
MUNDO – Nos Estados Unidos, a pandemia se amplia em três estados e gera preocupações. Tendo ultrapassado o número de 150 mil óbitos, os americanos veem a covid-19 ainda em crescimento no país.
Na Espanha, houve 1.153 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, um novo recorde de contaminações diárias.
Na França, foram registrados 1.392 novos casos de coronavírus ontem, representando o maior aumento diário de casos em mais de um mês no país.
Medidas devem ser tomadas nesses países, onde a pandemia parecia contida.
CÉDULA – Banco Central anunciou que lançará cédulas de R$ 200 no Brasil, tendo como figura em destaque o lobo-guará. Entrará em circulação no final de agosto.
DINHEIRO – O Banco Central informou que, de fevereiro para junho, o Papel Moeda em Poder do Público (PMPP) saltou 28,9%, de R$ 210,227 bilhões para R$ 270,899 bilhões.
Este é o maior valor da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.
O aumento do papel moeda nas mãos do público nos últimos meses foi causado pela liberação do auxílio emergencial mensal de R$ 600.
IMPOSTO – Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a criação de um imposto que taxe as transações eletrônicas, que tem sido chamado de CPMF Digital.
Segundo ele, a medida não vai aumentar a carga tributária brasileira, podendo gerar a redução ou até mesmo a extinção de outros impostos, como o Imposto de Renda e o IPI da linha branca.
Mas este é um assunto que fica para o futuro. No momento, não entra em discussão no Congresso.
BRASIL – O Brasil registrou 90.134 mortos pela covid-19 desde o início da pandemia. Ontem, 1.595 novos registros de mortes, número até então não alcançado.
Os estados com mais mortes por covid-19 são: São Paulo (21.676), Rio de Janeiro (13.033), Ceará (7.643), Pernambuco (6.484) e Pará (5.694).
As Unidades da Federação com menos falecimentos pela pandemia são Mato Grosso do Sul (328), Tocantins (364), Roraima (493), Acre (510) e Amapá (449).
JUROS – As empresas e famílias pagaram taxas de juros mais baixas em junho, informou o Banco Central (BC), ao divulgar as Estatísticas Monetárias e de Crédito.
A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 40,7% ao ano, queda de 2,2 pontos percentuais em relação a maio.
Já a taxa média das empresas ficou em 13% ao ano, redução de 1,2 ponto percentual na comparação com o mês anterior. Essa taxa para as empresas é a menor já registrada pelo BC.
A taxa do crédito pessoal (não consignado) chegou a 79,6% ao ano, com recuo de 1,3 ponto percentual em relação a maio.
Os juros do crédito consignado caíram 0,4 ponto percentual, para 19,6% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 110,2% ao ano, queda de 5,9 pontos percentuais em relação a maio.
Os juros médios do rotativo do cartão de crédito chegaram a 300,3% ao ano, com queda de 4,7 pontos percentuais.
CONFIANÇA – O Índice de Confiança da Indústria, medido pela FGV, cresceu 12,2 pontos em julho. Alcançou 89,8 pontos, a segunda maior variação positiva da série histórica.
Em julho, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. Segundo a FGV, o resultado decorre de melhor avaliação dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, diminuição do pessimismo para os próximos três e seis meses.
ASSEMBLEIAS – Presidente Bolsonaro sancionou a lei que prorroga, em razão da pandemia, o prazo para a realização de reuniões e assembleias gerais ordinárias de acionistas ou sócios de empresas.
A norma, originária da MP 931, prevê que sociedades anônimas e as sociedades limitadas, que concluíram o exercício social entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020, terão até sete meses para realizar essas assembleias.
O Presidente sancionou, sem veto, a lei que muda as regras de tributação sobre a variação cambial. A nova norma permite que bancos com investimentos no exterior diminuam a proteção cambial (hedge) para compensar prejuízos com a variação do dólar na pandemia.
HUAWEI – O Embaixador dos Estados Unidos, Todd Chapman, alertou que “haverá consequências” para o Brasil, caso a empresa chinesa Huawei seja a escolhida para comandar a tecnologia 5G no país.
O leilão, que já foi adiado duas vezes, está previsto para ocorrer em 2021.
Em entrevista a O Globo, Chapman alertou que empresas americanas podem deixar o Brasil. Segundo ele, certamente haverá um grande temor de que os segredos de propriedade intelectual não estejam totalmente protegidos.
ECONOMIA – Ibovespa fechou ontem acima dos 105 mil pontos, pela primeira vez desde março, atingindo 105.605 pontos.
O dólar chegou a R$ 5,172, com alta de +0,29%.
Por RENATO RIELLA
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