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Atletas brasileiros chegam à França para os Jogos Paralímpicos 2024.

A delegação brasileira começa a embarcar com destino à França para disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A cerimônia de abertura do evento está marcada para 28 de agosto e o encerramento acontece no dia 8 de setembro.

Serão 279 atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Paris. O grupo é formado por 254 esportistas com deficiência, 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Os atletas do país estarão em disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos, uma vez que os brasileiros não conseguiram a classificação no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

Esta será a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição. 

O pernambucano Phelipe Rodrigues é o brasileiro convocado para os Jogos com mais medalhas na história da competição. O nadador da classe S10 (limitação físico-motora) conta com oito pódios paralímpicos na carreira.

Dos 254 atletas com deficiência convocados, 88 jamais estiveram em uma edição de Jogos. O número de estreantes representa 34,64% do total dos atletas que vão competir pelo Brasil na capital francesa.

A modalidade com mais novatos em Jogos Paralímpicos é o atletismo. Dos 70 atletas com deficiência convocados para o evento, 23 vão estrear na competição em Paris. São 33% do total da Seleção Brasileira da modalidade convocada para competir nas provas de pista, saltos e campo no Stade de France. Judô e natação são outras duas das modalidades com mais estreantes em Jogos nas suas equipes convocadas, com nove atletas debutantes cada.

Dos 254 atletas com deficiência convocados, 116 são mulheres, ou 45,67% do total dos competidores. O número representa a maior convocação feminina brasileira na história dos Jogos Paralímpicos tanto em quantidade quanto em termos percentuais. As atletas que estarão na capital francesa serão em maior quantidade em Paris do que na edição de 2016, no Rio de Janeiro, quando o Brasil teve 102 mulheres, o que representou 35,17% do total da delegação.

Ao todo, 22 dos 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal, estarão representados na delegação brasileira que vai disputar os Jogos. A maioria dos atletas é nascida no Estado de São Paulo. São 71 dos 254 convocados, ou 28% do total da equipe brasileira que disputará a competição.

Já os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 22 atletas cada, contam com a segunda maior representatividade na Seleção Brasileira paralímpica que competirá em Paris 2024. Os Estados do Paraná, com 20, do Rio Grande do Sul, com 13, do Rio Grande do Norte, com 12, e Santa Catarina e Distrito Federal, ambos com nove, também estão entre os locais com mais representantes na delegação.

Um a cada cinco atletas da delegação brasileira que irá representar o país nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 treina em Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Estes espaços esportivos oferecem estrutura física e profissional para os treinos de 57 (ou 22,5%) dos 254 atletas com deficiência brasileiros que irão competir na França e realizam sua preparação fora da cidade de São Paulo, onde está o Centro de Treinamento Paralímpico.

No grupo, estão esportistas de 11 das 20 modalidades para as quais o país conquistou ao menos uma vaga no megaevento. Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro, elaborado em 2017 e revisitado em 2021. O objetivo do projeto é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento.

Atualmente, o CPB conta com 72 Centros de Referência, espalhados por 26 unidades federativas do Brasil (a única exceção é o estado do Piauí). Desses, 19 terão atletas paralímpicos disputando os Jogos de Paris. Todas as regiões do país contam com atletas dos Centros de Referência convocados para competir na capital francesa.

Os Jogos Paralímpicos de Paris receberão 279 atletas brasileiros de 20 modalidades em 13 arenas da capital francesa, sendo estádios consagrados e mundialmente conhecidos ou em sedes temporárias ao lado de pontos turísticos e marcos históricos da capital francesa.

Os Jogos Paralímpicos de Paris terão transmissão ao vivo pelo SporTV2. Serão apresentadas as cerimônias de abertura e encerramento e disputas de provas em oito modalidades (natação, goalball, basquete em cadeira de rodas, atletismo, futebol de cegos, ciclismo, judô, vôlei sentado), além da maratona.

Pela primeira vez a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos será realizada fora de um estádio. No dia 28 de agosto, os 4.400 atletas, de 184 países, começarão seu desfile na parte inferior da Champs-Elysées e chegarão à maior praça de Paris, que oferece uma vista do Louvre e do Jardin des Tuileries, no lado leste, até o Arco do Triunfo.

As disputas em Paris terão início no dia seguinte à cerimônia de abertura, 29 de agosto, uma quinta-feira, com rúgbi em cadeira de rodas, taekwondo, tiro com arco, bocha, tênis de mesa, goalball, basquete em cadeira de rodas, badminton, natação, vôlei sentado e ciclismo. As primeiras medalhas serão entregues neste mesmo dia no taekwondo (três medalhas), natação (16 medalhas) e ciclismo (quatro medalhas).

A tabela completa, com o horário local, está disponível neste link e está sujeita a alterações até o final dos Jogos.

As primeiras delegações a embarcar serão as de tênis de mesa, remo e vôlei sentado. Juntas, elas totalizam 72 pessoas, sendo 46 atletas com deficiência e um timoneiro. Já na data seguinte, somente a equipe nacional do tiro com arco irá viajar, enquanto dia 14, os competidores de ciclismo e goalball pegam o mesmo voo internacional. Outros 46 esportistas da natação, badminton e taekwondo, se deslocam à Europa em 15 de agosto.

O atletismo, que soma a maior quantidade de convocados para Paris, com 70 atletas e 18 atletas-guia, tem embarque agendado para o dia 16. Outras sete modalidades embarcam nos dias subsequentes ao do atletismo. A equipe da esgrima em cadeira de rodas deve ser a última a deixar o Brasil, em 25 de agosto.

CPB ampliou os valores que serão repassados aos campeões, vice-campeões e terceiros colocados na capital francesa em 56,25% na comparação com as premiações oferecidas nos Jogos de Tóquio 2020. Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 250 mil por medalha, enquanto a prata renderá R$ 100 mil cada e o bronze, R$ 50 mil.

O título paralímpico em modalidades coletivas, por equipes, revezamentos e em pares (bocha) valerá um prêmio de R$ 125 mil por atleta. Já a prata, neste caso, será bonificada com R$ 50 mil e o bronze, com R$ 25 mil. Demais integrantes das disputas, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros, vão receber 20% da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% do valor correspondente a cada pódio seguinte.

O Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, em 11 edições. Ou seja, está a 27 da 400ª. A primeira vez em que o país foi ao pódio no evento faz 48 anos, nos Jogos de Toronto, Canadá, em 1976. Os responsáveis foram Luiz Carlos da Costa e Robson Sampaio de Almeida, dupla masculina do Lawn Bowls (um esporte parecido com a bocha, porém, disputado na grama). À oportunidade, eles ficaram com a prata.

A melhor campanha do Brasil nos Jogos foi a última, em Tóquio 2020, ocasião em que a delegação brasileira ficou na sétima posição, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes – 72 no total.

As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo, natação, tiro esportivo, bocha, futebol de cegos, goalball, judô, tênis de mesa, vôlei sentado e badminton.

Fonte: Blog do Riella

Foto: Ministério dos Esportes – : Helano Stuckert

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