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Meio Ambiente

As revelações do primeiro mapa global de abelhas (e por que é tão importante)

Pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, criar um mapa global da distribuição das espécies de abelhas, os insetos que polinizam nossas plantações. Existem milhares de espécies de abelhas, desde as menores até algumas do tamanho de um polegar.
ZESTIN SOH via BBC
Cientistas conseguiram, pela primeira vez, mapear a distribuição das 20 mil espécies de abelhas que existem no mundo.
O novo mapa global ajudará na conservação dos insetos dos quais a humanidade depende para a polinização das plantações, afirmam pesquisadores de Singapura e da China.
As abelhas enfrentam uma enorme pressão sobre o número de sua população devido à perda de habitat e uso de pesticidas.
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No entanto, pouco se sabe sobre a variedade de espécies que vivem em todos os continentes, exceto na Antártida: desde as minúsculas abelhas sem ferrão até algumas do tamanho de um polegar.
As abelhas fornecem serviços essenciais para nossos ecossistemas e são os principais polinizadores de muitos de nossos alimentos básicos.
No entanto, até agora, não tínhamos dados para mostrar onde estava a maioria das espécies, diz Alice Hughes, da Academia Chinesa de Ciências em Yunnan.
“Aqui combinamos milhões de registros para criarmos os primeiros mapas da riqueza global das abelhas. E entendermos por que vemos esses padrões”, explica à BBC.
“Esses mapas e nosso quadro de referência podem formar a base para trabalhos futuros, permitindo-nos compreender melhor os padrões de riqueza das abelhas e garantir que sejam conservadas de maneira efetiva no futuro.”
O primeiro mapa global de abelhas.
CURRENT BIOLOGY
Algumas espécies de abelhas, como os zangões, em regiões como a Europa e América do Norte, são bem estudadas.
Mas em outras regiões, como grande parte da Ásia e da África, a documentação é escassa.
Embora ainda haja muito a ser aprendido sobre o que impulsiona a diversidade das abelhas, a equipe de pesquisa espera que seu trabalho ajude a conservar as abelhas como polinizadores globais.
“Ao estabelecer uma linha de base mais confiável, podemos mapear com mais precisão o declínio das abelhas e distinguir melhor as áreas menos adequadas para as abelhas de áreas onde elas deveriam prosperar, mas foram reduzidas por ameaças como pesticidas, perda de habitat natural e pastoreio excessivo”, diz John Ascher, da Universidade Nacional de Cingapura.
Como o mapa foi feito?
Para criar o mapa, os pesquisadores compararam os dados sobre o aparecimento de espécies de abelhas com uma lista de verificação de mais de 20 mil espécies compilada por Ascher.
Isso deu uma imagem mais clara de como as muitas espécies de abelhas estão distribuídas no mundo.
O estudo confirmou que, ao contrário de outras criaturas, como pássaros e mamíferos, mais espécies de abelhas são encontradas em áreas secas e temperadas distantes dos polos do que em ambientes tropicais próximos ao equador.
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Existem mais no hemisfério norte do que no sul, bem como em regiões quentes em partes dos Estados Unidos, África e Oriente Médio.
Há muito menos espécies de abelhas nas florestas e selvas do que em ambientes desérticos, porque as árvores tendem a fornecer menos fontes de alimento para as abelhas do que plantas e flores.
A pesquisa foi publicada na revista Current Biology.
Sobre as abelhas:
Existem mais de 16 mil espécies conhecidas de abelhas, em sete famílias distintas.
Algumas espécies, como as abelhas, zangões e abelhas sem ferrão, vivem em colônias, enquanto outras são insetos solitários.
Embora alguns grupos como os zangões sejam bem estudados, mais de 96% das espécies de abelhas são mal documentadas.
Muitas safras, especialmente em países em desenvolvimento, dependem de espécies de abelhas nativas, não de abelhas produtoras de mel.
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