Uma equipe de botânicos está cultivando uma espécie de árvore há muito considerada extinta, a partir de uma semente de 1.000 anos encontrada em uma caverna no deserto da Judeia. Esta semente, descoberta durante escavações arqueológicas na década de 1980, é considerada uma potencial fonte de um bálsamo curativo mencionado na Bíblia e em textos antigos.
O Projeto
Liderada pela Dra. Sarah Sallon, a equipe plantou a semente há mais de uma década, empregando técnicas aperfeiçoadas em sementes de tamareira de 2.000 anos. Após cerca de seis semanas, um broto surgiu. A árvore, chamada de “Sheba”, agora tem mais de 14 anos e quase 3 metros de altura, mas ainda não floresceu nem deu frutos.
Identificação da Espécie
A análise genética, conduzida pela Dra. Andrea Weeks, revelou que a planta pertence ao gênero Commiphora, que inclui cerca de 200 espécies. No entanto, a amostra não corresponde a nenhuma espécie conhecida, sugerindo que pode ser um táxon extinto nativo da região.
Conexão com o “Bálsamo da Judeia”
Embora a pesquisa inicial sugerisse que a árvore poderia ser a fonte do “bálsamo da Judeia”, a análise fitoquímica revelou a ausência de compostos aromáticos, comuns na mirra. Em vez disso, foram encontrados compostos com potencial medicinal, sugerindo que a árvore poderia estar relacionada ao bálsamo medicinal conhecido como “tsori”.
Reflexões Finais
A Dra. Louise Colville, especialista em biologia de sementes, destacou a raridade de sementes com tal longevidade e a importância de preservá-las. A história da semente e seu cultivo traz esperança para futuras pesquisas sobre a resiliência e o potencial das plantas ao longo do tempo.
Fonte/Foto: CNN Brasil
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